MACAU

Macau é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China desde Dezembro de 1999.

Situa-se na costa meridional da República Popular da China a 60 km de Hong Kong.

Tem cerca de 538 mil habitantes, sendo a esmagadora maioria de etnia chinesa.




Em Macau estava um ex-contacto como eu (vejam o que é em networkcontacto), com quem tinha trocado e-mails antes de partir de Portugal, o Ricardo, foi uma simpatia e ofereceu-me alojamento. Foi excelente porque acabei por conhecer um grupo bem simpático de portugueses que ali viviam.

No dia em que cheguei deixei logo a minha mala com o Ricardo no escritório dele e fui dar umas voltas pela cidade.

Aproveitei para visitar a zona da cidade que mais se pode comparar à baixa lisboeta e onde encontramos o Leal Senado, a Santa Casa da Misericórdia, a Igreja de São Domingos e as famosas Ruínas de São Paulo. Reparem no chão de calçada e no aspecto europeu de alguns edifícios em contraste com características bem asiáticas.




Antes de 1999 data, Macau foi colonizada e administrada por Portugal desde o séc XVI ou seja durante mais de 400 anos. No fundo é considerada tanto o primeiro entreposto bem como a última colónia europeia na China.

O seu nome português (Macau) parece ter origem num dos primeiros locais a onde chegaram os navegadores portugueses, a Baía de A-Má (em cantonês, "A-Ma Gao"), nome que se deve à existência nessa baía de um templo em homenagem à deusa A-Má.

A influência portuguesa ainda está presente em diversos aspectos:

As línguas oficiais são o português e o cantonês. O último é dominado por cerca de 92% da população e falado correntemente por cerca de 86%, tornando-o o dialecto chinês, mais falado de Macau. O português só dominado por cerca de 2,4% da população e falado correntemente por cerca de 0,6%. Muitas placas e estabelecimentos fazem uso de nomes em Chinês e Português e algumas ruas têm nomes de portugueses bem conhecidos.

Quando cheguei ao controlo de passaportes no aeroporto o chinês que me viu o passaporte ao ver que eu era portuguesa cumprimentou-me com um: "olá bom dia". Depois de estar a viajar pela Ásia há tanto tempo a última coisa que esperava ouvir, mesmo em Macau, era um chinês falar-me em português, achei graça e muito querido.

A presença de igrejas e símbolos do catolicismo é marcante, Macau desempenhou também um papel activo e fulcral na disseminação do Catolicismo, ao tornar-se num importante ponto de formação e de partida de missionários católicos para os diferentes países do Extremo Oriente, principalmente para a China.
Esta foto ilustra alguns exemplos da nossa cultura ainda espelhados na cidade.





Mas as influências não se esgotam no referido acima, há mais:

Quando se fala sobre a culinária de Macau, é de destacar a culinária dos macaenses, considerada única no Mundo, que nasceu quando as esposas orientais dos portugueses tentavam fazer comidas portuguesas com os ingredientes locais (principalmente os de origem chinesa), mas também com vários ingredientes oriundos de lugares (como por exemplo Malaca, Índia e Moçambique) visitados pelos portugueses na altura dos Descobrimentos.

O futebol é o desporto mais praticado no território e o que tem mais amantes.


E um dos monumentos principais em Macau é a fortaleza do Monte.



Macau desenvolveu-se como um entreposto para o comércio triangular entre a China, o Japão e a Europa, numa altura em que as autoridades da China proibiram o comércio directo com o Japão. Este comércio lucrativo trouxe enorme prosperidade, tornando Macau numa grande cidade comercial. Em 1638-1639, o comércio com o Japão acabou abruptamente, devido às políticas de isolamento japonesas o que afectou seriamente a economia de Macau que entrou em declínio. Ainda conseguiu reter a sua importância económica e estratégica que só foi seriamente reduzida quando Hong Kong se tornou no porto ocidental mais importante na China.
Actualmente, Macau está a experimentar um grande e acelerado crescimento económico, baseado no acentuado desenvolvimento do sector do jogo e do turismo, as duas actividades económicas vitais desta região administrativa especial chinesa.

Em 2007, houve mais de 27 milhões de turistas que escolheram Macau como destino de viagem, sendo que 55,08% eram oriundos da China Continental. Este crescimento deve-se principalmente à diminuição de restrições de viagem pelo Governo Central Chinês. Após a diminuição gradual destas restrições, os chineses passaram a poder obter vistos individuais de viagem, podendo viajar livremente para outros países e regiões, principalmente para Macau e Hong Kong, ajudando a desenvolver grandemente o sector do turismo de Macau. Realmente pude constatar na China que para qualquer lado onde fosse a nacionalidade predominante de turistas eram os próprios chineses.

O cosmopolitismo e o crescimento da cidade que à semelhança de Singapura vai crescendo à custa de ligação entre ilhas através de aterros, é bem visível da Torre de Macau, onde os mais aventureiros podem experimentar um skywalk ou bungee jumping… ainda me tentou mas não ia com tempo, tinha combinado encontrar os meus amigos e já faltavam poucos minutos para ir ter com eles.




Devido ao seu grande número de casinos, um deles chamado Casino de Lisboa, Macau é chamada de Las Vegas do Oriente. Em 2005 as somas envolvidas no jogo em Macau equivaleram pela primeira vez às de Las Vegas (cada uma cerca de 5,6 mil milhões de dólares americanos), tornando Macau no principal centro mundial da indústria do jogo. Em 2007, as receitas brutas do sector do Jogo de Macau foram contabilizadas aproximadamente nos 83,8 mil milhões de patacas, isto é, cerca de 10,5 mil milhões de dólares americanos.

O equilíbrio fiscal é actualmente muito dependente dos impostos recolhidos no sector do jogo, que sofreu uma liberalização parcial, que só foi possível quando o prazo da concessão do monopólio da companhia de casinos de Stanley Ho (a STDM) no sector do jogo expirou no dia 31 de Dezembro de 2001.

O facto de Macau ser uma região administrativa especial significa que, tal como Hong Kong, tem um grande grau de autonomia em praticamente todos os aspectos excepto defesa e relações externas, Aliás um documento bilateral e internacional, assinado entre Portugal e a China estabeleceu uma série de compromissos e garantias que permitiam a Macau um considerável grau de autonomia e a conservação das suas especificidades, incluindo o seu modo de vida e o seu sistema económico de carácter capitalista, até 2049.




Macau é muitas vezes caracterizado como um ponto de encontro, de coexistência harmoniosa e de intercâmbio multicultural (principalmente entre a cultura chinesa e ocidental).

Em 2006, cerca de 93,9% da população era de nacionalidade chinesa, sendo a maioria dos restantes (6,1%) de nacionalidade portuguesa (1,7%) e de nacionalidade filipina (2%). Relativamente à origem da população residente, em 2006, cerca de 94,3% tem uma ascendência somente chinesa e 5,7% de outras ascendências. Consequentemente, um sítio onde se convergem muitos valores, crenças religiosas, costumes, hábitos, tradições e estilos arquitectónicos. Esta característica única e própria de Macau constitui uma das suas especificidades mais importantes.
Este encontro harmonioso multicultural é revelado também, como por exemplo, no calendário dos feriados e das festividades de Macau, destacando-se como por exemplo o Ano Novo Lunar Chinês, o Dia do Buda, o Natal e a Páscoa



Em Macau praticam-se uma grande diversidade de religiões, como o Budismo, o Confucionismo, o Taoísmo, o Catolicismo, o Protestantismo, o Islamismo e a Fé Bahá'í, que se coexistem harmoniosamente.

Porém a esmagadora maioria da população de Macau é adepta ao Budismo mas, muitos deles, considerando esta religião como uma concepção genérica, incorporam nela vários elementos e valores do confucionismo, do taoísmo, da mitologia chinesa e de outros costumes, crenças e práticas tradicionais chinesas, sendo uma destas práticas os cultos ancestrais.

Todo este conjunto religioso, sincretizado e adoptado pelos chineses, é chamado vulgarmente por religiões populares chinesas ou crenças populares/tradicionais chinesas.

Tive a oportunidade de visitar tanto igrejas como alguns templos chineses, como este em baixo, o Kun Lam Temple.




Visitei também estes jardins chineses no Jardim Lou Lim Leioc.





E quando passeava pelas ruas passei por uma loja com um aquário enorme e tirei estas fotos, acho que me fez lembrar os mergulhos dos quais já tinha saudades!





Ia ficar em Macau até ao meu voo para o Japão que partia de Hong Kong. Tinha deixado o tempo para visitar Hong Kong para o regresso. Contudo os meus novos amigos, o Ricardo, a Fran e o Lorenzo (um italiano que também estava de passagem) e outros, iam passar o fim-de-semana a Hong Kong e assim resolvi ir com eles e passar lá uma noite/ada antes do voo.

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