INDONÉSIA

A República da Indonésia é o maior arquipélago do mundo, com 18 109 ilhas. As principais são Java, Samatra, Bornéu, Nova Guiné e Celebes.

O país está localizado entre o sudeste asiático e a Austrália, tem fronteiras terrestres com a Malásia, em Bornéu, com Timor-Leste, e com a Papua-Nova Guiné; e marítimas com as Filipinas, Malásia, Singapura, Palau, Austrália e com as ilhas indianas de Andaman e Nicobar. A localização entre dois continentes, a Ásia e a Oceânia, faz da Indonésia uma nação transcontinental. A sua capital é Jacarta.



1. BALI


Bali é uma das ilhas da Indonésia A ilha de Bali possui aproximadamente 5.620 km². A capital provincial é Denpasar.

Aqui vão as primeiras fotos que tirei, gira a aterragem...





Bali foi povoada antes da Idade do Bronze, por volta de 300 a.C.. O primeiro europeu, um italiano chamado Marco Polo, chegou a Bali em 1292. Depois de algum tempo, os portugueses chegaram à ilha e depois os holandeses. Na primeira expedição holandesa, que ocorreu em 1597 e foi comandada por Cornelius Houtman, parte da tripulação recusou-se a voltar para a Holanda e passou a viver em Bali. No início do século XIII, Bali já tinha estatuto de colónia holandesa, que substituíra os portugueses no comércio, principalmente o de especiarias. Esta colonização ocidental não foi pacífica e houve ao longo dos anos massacres e atentados inclusive em 2005.

A influência europeia em Bali e em especial em Kuta é enorme. Kuta é actualmente uma estância turística próspera especialmente para os jovens e os jovens de coração. A praia não é das mais adequadas para banhos devido às fortes correntes mas ideal para os surfistas. Kuta é um dos lugares mais dinâmicos na Indonésia, a pequena e animada vila está repleta de restaurantes, lojas, discotecas e instalações turísticas e mais parece uma colónia de férias para surfistas e estrangeiros.





A minha ideia era alugar uma mota em Bali e comentei isso com o taxista que me transportou do aeroporto, disse que tinha um primo que alugava motos e levou-me lá. Assim acabei por largar o táxi e dirigir-me ao hotel já na mota e com a mochila pousada entre as pernas o que exigiu uma certa ginástica naquelas ruas cheias de trânsito…

A moto foi uma óptima ideia porque acabei por visitar praticamente todos os lugares que queria sem stresses e sem grandes restrições e parando onde queria.

Em Bali a quantidade de motos nas estradas é impressionante e em Kuta a maioria delas preparadas para carregar as pranchas de surf, por gasolina também é muito fácil mesmo no meio do nada há sempre um café que vende combustível em garafas… vejam as fotografias eheh.





Com a minha motita lá andei a percorrer a ilha mesmo por sítios mais afastados dos maiores centros.

É o quarto país mais populoso do mundo com uma enorme heterogeneidade étnica, histórica, cultural e linguística, com pelo menos 25 idiomas locais, 250 dialetos e quatro religiões principais, predominando o islamismo, entre os séculos VII e XIV, formaram-se nas ilhas de Samatra e Java vários reinos hindus e budistas mas, com a chegada de comerciantes árabes de Gujarate (Índia), no século XII, o Islamismo tornou-se a religião dominante na maior parte do arquipélago.

Impressionante que em qualquer lado para onde se vá se vêm templos ou qualquer tipo de monumento. Interessante também alguns contrastes entre ocidente e oriente e entre os diversos tipos de construções e monumentos hindus ou islâmicos.





A palavra Bali, com a qual a ilha foi baptizada no século IX, deriva da palavra Wali ou Wari que era o termo que os nativos, que muito veneravam seus deuses, davam ao acto de adoração. Wali é uma palavra do sânscrito que significa "sacrifício oferecido ao deus", "adoração", "culto" ou "oferenda", realmente florescem por toda a ilha imensos templos.

Um dos primeiros que visitei foi o templo Uluwatu. Pura Uluwatu é um dos nove principais templos de Bali. Ainda mais notável do que o próprio templo é a sua localização, no cimo de uma falésia 70 metros acima do rugido ondas do oceano Índico. Aqui o pôr-do-sol é algo a não perder.

Tive sorte porque por acaso visitei o templo num dia festivo. Permitiu-me passar mais despercebida e observar melhor aquelas provas de devoção e ritualismo.


À entrada estacionei num parque cheioooo de motos e fui pelo meio dos restaurantes que ali estavam montados até à entrada. Senti-me uma deles eheh. Tive de colocar um lenço nas pernas e um guia ofereceu-se logo para me mostrar o templo mas recusei estava numa de ir por minha conta e risco eheh.

É interessantíssimo ver aquela enorme quantidade de crentes vestidos a rigor e a carregarem carinhosamente as oferendas e observar algumas cerimónias.


O templo é habitado por grande número de macacos, que são extremamente hábeis em arrebatar os pertences dos visitantes incluindo malas, máquinas fotográficas e óculos, tem de se manter tudo muito sob controle. Se eles roubarem alguma coisa pode sempre tentar trocá-la por um fruto eheh. Um tentou tirar-me uma mola que tinha no cabelo enquanto tirava uma fotografia eheh mas eu fui mais rápida a desviar-me.




Bali possui aproximadamente 2,9 milhões de habitantes e abriga a quase totalidade da pequena população hindu da Indonésia e é o principal destino turístico do país. É conhecida pelas suas manifestações culturais, como a dança, a escultura, a pintura, o trabalho em couro e metais e a música.

Aqui no templo tive a oportunidade de assistir a um espectáculo balinês muito giro com as danças e músicas típicas e acima de tudo pela parte da história que estavam a contar e que era animada com personagens com fatos e máscaras típicos, muito giro.
O espectáculo sou acabou já era noite… e eu tinha ido de mota… escusado será dizer que placas não era uma coisa que existisse muito ali e já tinha sido um bocado complicado dar com o sítio de dia e estava a mais de uma hora de distância da minha cama eheh. Decidi começar por jantar por ali antes de me por a caminho. Por sorte encontro à saida um casal que também ia sair dali de mota, perguntei se sabiam o caminho e se podia ir atrás deles e acabou por ser mais fácil sair dali com noite cerrada que de dia.




Já noutro dia decidi visitar outros locais mais afastados e encontrei um bem giro Kusamba Beach, famoso pela sua praia de areia preta é um dos locais favoritos de interesse em Bali.

Kusamba é um local muito aprazível além da vista deslumbrante do mar está cercado por um verde intenso e vegetação que lhe dão uma atmosfera tropical. É um local muito tranquilo afastado de tudo, ali respira-se uma serenidade que não se explica.





Palavras para quê? Já estive em sítios muito bonitos mas há alguns que por algum motivo nos tocam mais, este foi um deles.





Mais umas imagens desta espécie de paraíso.





As pessoas muito gentis.





A caminho de Besakhi passei pela cidade de Klungkung e visitei o complexo Taman Gili que abriga os restos do palácio original da família real Klungkung.

Também aqui a atmosfera de paz é extraordinariamente cativante. Apesar de todo o espaço ser de tirar a respiração, especialmente notável é o tecto pintado do pavilhão Gosa Kerta como o único exemplo sobrevivente da arte clássica wayang em toda a Bali.





Do complexo fazem parte o Palácio de Justiça, o Pavilhão do Jardim flutuante e um pequeno museu.





Lá segui caminho em direcção a uma região mais interior e igualmente bonita. Também aqui passeipor alguns templos onde estavam a ser relaizadas cerimónias, impressionantes as cores os cantos, as ofertas e toda aquela devoção.




A superfície de Bali está repleta de montanhas, em sua maioria vulcões e alguns deles activos. O ponto mais alto de Bali é o Monte Gunung Agung, um vulcão cuja última erupção ocorreu no ano de 1963. A quantidade de vulcões gera um solo rico em nutrientes e sais minerais o que conjugado com um sistema de irrigação transforma Bali num dos melhores lugares para cultivo de arroz.




Conhecido como a Templo Mãe de Bali, Pura Besakih é o templo mais sagrado e fica situado a cerca de quase de 1.000 m. Sim e eu fui lá na minha motita!

O templo, provavelmente, remonta ao século XIV, foi construído na encosta sul do Monte Agung, o principal vulcão de Bali.

O templo é na verdade um complexo composto de vinte e dois templos que se sentam em sulcos paralelos. Uma série de terraços e lances de escadas sobem para uma série de pátios e passagens que levam até a torre principal da estrutura o Pura Penataran Agung. Tudo isso está alinhado ao longo de um eixo único, concebido para conduzir o espiritual para cima e para mais perto do topo da montanha que é considerado sagrado.

O centro simbólico ou santuário principal do complexo é a Pura Penataran Agungand e o trono de lótus ou padmasana é o centro simbólico do santuário e o foco principal ritual de todo o complexo.





Uma série de erupções do Monte Agung em 1963, que mataram cerca de 1.700 pessoas também ameaçou Puru Besakih.

Os fluxos de lava passaram ao lado do complexo de templos por poucos metros.

A poupança do templo é considerada pelo povo balinês como milagroso, e um sinal dos deuses que pretendiam demonstrar seu poder, mas não destruir o monumento que os fiéis balineses tinham erguido.

Anualmente, há pelo menos setenta festas realizadas no complexo já que cada templo tem a celebração do seu aniversário. Este ciclo anual é baseado no sistema de 210 dias do calendário balinês Wuku.





À saída do templo decidi provar um fruto que estavam por ali a vender mas já não me lembro do que achei... não devia ser muito bom...




A economia indonésia assenta, essencialmente, nas actividades agrícola, mineira e industrial. O sector agrícola produz arroz, milho, mandioca, batata-doce, tabaco, chá e café. Associada a este sector, está também a silvicultura, actividade que produz a borracha natural e madeiras exóticas.

Por outro lado, a actividade mineira tem visto a sua importância aumentar de dia para dia, fomentada, principalmente, pelo aumento da exploração de petróleo e gás natural. No entanto, outros minérios são extraídos, como o níquel, o ouro e o cobre.

Quanto ao sector industrial, que desde os meados dos anos 80 caminha a passos largos para se tornar o principal sector indonésio, enquadra-se numa política de importação de matérias-primas para posterior transformação e exportação. Deste modo, destacam-se as indústrias ligadas aos produtos químicos, aos componentes electrónicos, ao cimento, aos pneus, ao papel e aos têxteis.

Os principais parceiros comerciais da Indonésia são o Japão, os Estados Unidos da América, Malásia, Singapura, Austrália e a Alemanha.

À chegada a uma vila chamada Ubud começam a vêem-se imensos arrozais. Os campos de arroz fazem sempre uma paisagem bonita.





Reconhecido como o centro para as artes, Ubud vem atraindo e cultivando o talento artístico desde que se tornou a sede da família aristocrática no final do século 19. Artistas ocidentais e intelectuais que visitaram a área em 1930 forneceram um estímulo enorme para a arte local, introduzindo novas ideias e técnicas, e começaram a promover a cultura balinesa em todo o mundo.

Ubud não é encantadora por causa de suas praias ou bares, mas pela arte, música, arquitectura e dança. Mesmo tendo passado por enorme desenvolvimento, Ubud ainda é bonita e descontraída, especialmente se se estiver hospedado num dos agradáveis hotéis e se comer nos agradáveis restaurantes ao ar livre.





Outro dos templos mais importantes de Bali é o Pura Tanah Lot, que erige numa enorme rocha cercada pelo mar.

Pensa-se que o templo é obra do padre Nirartha século 15 que durante as suas viagens ao longo da costa sul, que viu o belo cenário da ilha e descansou ali. Mais tarde, ele conversou com os pescadores e disse-lhes para construirem um santuário pois sentia que aquele era um lugar santo.





O templo é um dos sete templos de mar da costa de Bali. Cada um dos templos de mar foi construído de modo a se avistar os mais próximos para formarem uma cadeia ao longo da costa sul-ocidental.





Acredita-se que cobras marítimas venenosas protegem o templo de espíritos malignos e intrusos. Uma cobra gigante supostamente protege o templo.

Apenas os adoradores são autorizados a entrar no templo, mas Pura Tanah Lot é realmente uma visão para se ver ao pôr-do-sol, com a sua majestosa silhueta contra o sol.
Como já era tarde para regressar e já estava cansada de estar o dia todo a andar de mota acabei por ficar a dormir lá ao pé.



O tempo nunca dá para tudo mas para quem tenha tempo deixo a sugestão de visitar Bedugul e o templo Ulun Danu Bratan.

Bedugul é uma estância de montanha é muito utilizada como um retiro de fim de semana pelos balineses.

Aqui encontramos o sereno Danau Bratan na cratera do extinto vulcão Gunung, este lago e é uma das principais fontes de irrigação nas terras altas balinesas.

O templo Pura Ulun Danu Bratan, localizado junto à margem ocidental do lago a 1239m, é um dos mais pitorescos e bonitos templos em Bali. O templo é dedicado a Dewi Danu, a deusa do lago e os peregrinos vêm prestar homenagem, e para garantir colheitas abundantes.




Passei por Sanur Beach a caminho da Ilha de Lembogna, foi aqui que apanhei o barco para a ilha.

Neste local encontram-se muitos resorts e restaurantes é um local para turistas que desejam algum sossego e eventualmente praticar alguns desportos aquáticos como windsurf e canoagem devido à barreira de coral que protege a costa.






2. ILHA DE LEMBONGAN

Decidi visitar a ilha de Lembongan e fazer lá um mergulho. Como contava acima apanhei em barco em Sanur onde deixei a mota.
Lembongan parece é uma simples vila de pescadores sem grandes luxos, mas foi o sítio onde me senti mais em contacto com a realidade e vida deste povo.





Adorei passear pelas ruelas estreitas da vila observando os preparativos para as festividades e uma indústria importante dali, o apanhar e preparar das algas para vender.





As pessoas são carinhosas e calorosas e as crianças têm aqueles sorrisos de quem vive verdadeiramente feliz. Os homens nas suas pausas entretem-se com alguns desportos um pouco censuráveis como as guerras de galos...




Na casa onde fiquei e que pertencia a uma família que me acolheu como uma filha, estava uma outra rapariga a Rachel que era meia australiana meia inglesa e que estava a dar aulas na Indonésia. A Rachel comentou comigo que ia jantar a casa de um pescador que lhe tinha dito que tinha apanhado nessa manhã um atum óptimo e que a mulher dele o ia cozinhar nessa noite e perguntou-me se queria ir também, claro que disse logo que sim!

Atravessámos a aldeia praticamente toda e senti-me realmente na Indonésia, tão ali... é que naquela ilha tão genuina a andar pelas ruas senti o que um turista sente em raros momentos das suas viagens e que é o ter passado aquela barreira entre o ser um mero visitante e observador e o emergir no local e na cultura e sentir que estamos a observar a partir de dentro e não de fora.





E a beleza da paisagem...



Finalmente chegámos a casa do pescador e da sua família, reparem que estas pessoas que vivem tão humildemente em cabanas simples acordam e deitam-se todos os dias com uma vista e um cenário tão maravilhoso e que muitos nem nas férias mais paradisíacas conseguem ter.

Foi uma animação para as crianças e para a família terem-nos ali e o jantar foi muito divertido e delicioso, comemos à mão o melhor atum com arroz que já experimentei!

No fim da noite o pescador ofereceu-nos boleia para casa o que deu direito a alguns risos quando vimos o tranporte em que nos levaria às duas eheh mas lá nos levou e chegámos todos inteiros ao destino...





A minha passagem por aqui foi curta e apenas aproveitei para fazer o meu mergulho antes de partir.

Não chegámos a ver mantas mas foi giro porque mergulhámos num local onde a certa altura passámos por uma corrente gelada fortíssima, uma sensação muito diferente das que já tinha tido, até chega a doer a cabeça tal era o frio e de repente quando avançámos mais um pouco a corrente passou como por magia ao quente agradável do costume.





3. ILHA DE LOMBOK

Há outros locais bastante bonitos para visitar como a ilha de Lombok eu não tinha tempo para ir, como tinha decidido ir ao Japão tive que encurtar as minhas estadias. Mas fica a sugestão.






2 comments:

Anonymous said...

Adorava conhecer-te pois deves ser uma mulher surpresa em muitos aspectos....Olivier Alves

Rodrigo Arte said...

Olá:

Agradeço por TANTA INFORMAÇÃO sobre este lugar magnífico!
Um dos meus sonhos é conhecer Bali... Aparenta ser um local divino/sagrado; até coleciono materiais de lá: recortes, sites...
E és portuguesa? Vi no seu endereço de e-mail o PT no final...
É isso.

Abraço,
Rodrigo (Brasil)

rodrigo_poa_rs@yahoo.com.br

* Me lembras muito uma atriz brasileira - a Malu Mader!