JAPÃO

Japão ou em japonês 日本国, Nippon koku ou Nihon koku, significa "origem do sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente".

O Japão é um arquipélago de 6.852 ilhas. Embora as 4 maiores representem em conjunto 97% da área terrestre do Japão. A maior parte das ilhas é montanhosa, com vulcões como, por exemplo, o pico mais alto do Japão, o Monte Fuji. O Japão possui a nona maior população do mundo, com cerca de 128 milhões de habitantes.



É uma grande potência económica, possuindo a segunda maior economia do mundo em PIB nominal e a terceira maior em poder de compra. É também o quarto maior exportador e o sexto maior importador do mundo, além de ser o único país asiático membro do G8. O Japão possui um padrão de vida muito alto (10º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo e a terceira menor taxa de mortalidade infantil.

Há muito para ver no Japão e espero voltar, mas para já com esta viagem acho que temos um excelente começo.

1. OSAKA 大阪市

O meu objectivo ao chegar ao Japão era começar por visitar Kyoto, contudo o aeroporto internacional mais próximo deste meu primeiro destino era o de Osaka. Assim acabei por ter uma ideia da cidade e da região ao fazer Osaka – Kyoto de autocarro. Reparem nas praia… e na penúltima fotografia e tentem descobrir o que é…





A última foto já é da minha chegada à minha primeira verdadeira paragem no Japão, Kyoto.

2. KYOTO 京都

Kyoto foi a capital do império do Japão, durante o século VIII, quando o clero budista se tornou influente junto do governo imperial e o imperador optou por colocar a capital numa região distante da influência budista.

Esta nova cidade chamou-se inicialmente de Heian-kyō平安京 "capital da paz e tranquilidade" só mais tarde se mudou o nome da cidade para Kyoto “cidade capital”. Quando a capital se mudou para Tóquio, “Capital Este”, foi, por um curto período, conhecida por Saikyō 西京, "Capital Oeste". Kyoto, foi também, em tempos, conhecida no Ocidente por Meaco 都 - miyako, "capital".


Hoje em dia é uma cidade de contrastes, Kyoto é a única grande cidade japonesa que ainda tem bastantes edifícios de construção anterior à guerra, como os machiya (casas tradicionais). Contudo, a modernização está a impor-se, destruindo a Kyoto tradicional em favor de uma nova arquitectura.





Em Kyoto, ou Quioto em português, num minuto estamos numa zona bastante moderna e no outro estamos no meio de casas tradicionais, de jardins que não parecem reais, templos de fazer parar o tempo e santuários com inúmeros pormenores de bom gosto.

Tão depressa encontramos japoneses modernos nas compras, a falarem aos seus avançados telemóveis ou apressados e com ar hiper eficiente a dirigirem-se aos trabalhos como observamos, nos templos e nos santuários, adoradores devotos a purificarem-se pelo ritual de lavagem das mãos e enxaguar da boca, curvando-se para chegarem à água o que sugere súplica e reverência e puxarem uma nuvem de fumo dos queimadores de incenso sobre os seus corpos para curar ou prevenir doenças. Em alguns templos vêmo-los a comprarem papéis da sorte que se tiram ao calhas e que contém caracteres que indicam boa ou má fortuna. Diz-se que se penduram os de má sorte no templo para o vento a levar. Também podem estar a comprar um pedaço de papel ou de madeira para escreverem uma oração ou pedido que depois penduram no templo talvez para que os deuses não se esqueçam.





E tão depressa encontramos na rua homens e mulheres vestidos com trajes tradicionais e com sapatos tradicionais de madeira, alguns com umas solas dignas de equilibristas, como jovens, muito à frente, com os cabelos de todas as cores possíveis e imagináveis e com roupas igualmente para lá de modernas hehe, por acaso não apanhei nenhum em fotografias nenhum caso meesmo exemplificativo.

Uma coisa comum a todas as situações, a simpatia, nos países mais pobres da Ásia já se está habituado a que dar um desconto, mas aqui não podemos deixar de achar que é 100% genuína.

Neste misto de modernismo e cultura e tecnologia e natureza, nota-se a preocupação com poluição e algumas pessoas até usam máscara, embora não achasse o ar poluído. Em 1997, Kyoto foi o local onde decorreu a conferência de onde resultou o Protocolo de Kyoto sobre a emissão de gases produtores de efeito de estufa...

Moderno ou tradicional gostei muito da cultura e do mix e adorei o meu quarto com todos os confortos e últimas tecnologias e... ao estilo japonês!





Outra coisa que não podemos deixar de reparar (eu pelo menos, gulosa, não posso eheh) são as montras com petiscos japoneses.

Alguns restaurantes inclusivé têm pequenas montras onde colocam em exposição alguns pratos como se vê na fotografia central.

Para além do famoso shushi que encontramos por todo lado desde os melhores aos piores restaurantes, até aos doces típicos que eram bem bons, feitos de massa de arroz e pasta de feijão, acho, encontarmos de tudo em montas bonitas e coloridas.





À semelhança do que faço nos outros países se quando vou a passar na rua vejo alguma comida que desconheço, páro logo para provar e aqui estão algumas provas disso, as espetadas eram óptimas mas aquela espécie de croissant e aquela espécie de follhados eram terríveis!





Mas nem tudo era mau, além do shushi e dos doces, não pude deixar de tirar uma fotografia à melhor sanduiche que comi até hoje! Deliciosa!





No dia da chegada já não tive muito tempo para passeios mas mesmo assim fui dar uma volta à noite pela zona de Gion.

Gion 祇 园 é um distrito de Kyoto originalmente desenvolvido na Idade Média, em frente ao Santuário Yasaka. O bairro foi construído para acomodar as necessidades dos turistas e visitantes ao santuário.

Um casal de japoneses com trajes tradicionais pediu-me para lhes tirar uma foto, ou tirar uma foto com eles já não me recordo e pedi-lhes depois se podia tirar uma fotografia para mim, imaginem à poucas horas em Kyoto e já estava a ver pessoas vestidas com aquelas roupas fantásticas!




Este bairro de Gion evoluiu para se tornar um dos mais exclusivos e bem conhecido em todos os distritos de gueixas do Japão.

Gion está salpicada de casas antigas em estilo japonês chamado machiya, que aproximadamente traduzido significa "moradia". Alguns dos quais são ochaya ou "casas de chá", estes são estabelecimentos tradicionais, onde os fregueses são entretidos por gueixas há séculos.

As gueixas no distrito de Gion não se referem a si mesmos como gueixa, em vez disso, usam o termo geiko. Enquanto a gueixa termo significa "artista" ou "pessoa das artes", o termo geiko significa essencialmente "uma criança das artes" ou "uma mulher de arte".

Cada ochaya é um mundo privado e fechado, onde o entretenimento da noite pode incluir cocktails, conversas e jogos, assim como, cantar e dançar ao som da música tradicional japonesa.

Na altura em que estava de passagem por um destes ochayas, sai à rua uma geixa/geiko e tive de pedir para lhe tirar uma fotografia, disse logo que sim! Acabei por tirar uma fotografia com ela e com outro empregado e com uns clientes que estavam a chegar, eheh, foi uma animação.





Ainda se podem ver, hoje em dia, geikos nas ruas de Gion quando se deslocam para os seus compromissos com os vários ochaya.

Apesar da queda considerável no número de gueixas, nos últimos cem anos, Gion ainda é famosa pela preservação das formas de arquitectura tradicional onde bonitos canais atravessam algumas das ruas mais antigas.

Como ao início só tinha visto Gion de noite voltei lá noutro dia e tirei estas fotografias.





Bonito não é?

Pois mas imaginem que bem perto de Gion há uma zona comercial bastante desenvolvida, que se estende ao longo de uma moderna avenida.

Kawaramachi Street 河 原 町 通, é uma avenida paralela à margem ocidental do rio Kamoa sua intersecção com a rua Shijo é chamada Shijo Kawaramachi e a zona comercial mais importante da cidade.

Ao que entendi tanto na rua Shijo como a Kawaramachi não se pode fumar... como não fumo não me importei nada...




Ali encontramos desde lojas de marca na rua principal a enormes mercados num formato misto entre mercado de rua e centro comercial, basicamente são ruas de lojas com tectos e interligadas por vezes de forma quase labirintica, nas ruas secundárias.




Durante a Segunda Guerra Mundial, Os Estados Unidos ponderaram alvejar Kyoto com a bomba atómica, mas, por fim, a cidade foi removida da lista de alvos.

Assim Kyoto e os seus 1600 templos budistas, 400 locais de culto Xínto, os seus palácios, jardins e edifícios foram poupados, tornando Kyoto uma das cidades mais bem preservadas de todo o Japão.

É considerada o centro cultural do país e é onde se encontram alguns dos mais famosos templos, Os "Monumentos Históricos da Antiga Kyoto" que estão classificados como património mundial da humanidade pela UNESCO.

Durante a minha estadia aqui visitei alguns deles. Alguns são absolutamente surreais.

Vou apresentá-los aqui pela ordem em que os visitei e que teve mais a ver com uma organização lógica dos precursos do que com importância dos templos.

Tenryu-ji 天龙寺, conhecido como Shiseizen Tenryu-ji é o templo principal da escola Rinzai Tenryu do Budismo Zen. O templo foi fundado em 1339, principalmente para venerar Gautama Buda.

Durante a década de 1430, o templo fez um acordo com a corte imperial da Dinastia Ming da China. Este acordo permitiu, o comércio formal entre os dois países, numa altura em que China e Japão tinham oficialmente fechado o comércio mútuo. O preço deste acordo foi o controlo da China sobre a sucessão do monge-chefe do templo mas deu ao culto Zen, mais especificamente a Tenryu-ji, um quase monopólio sobre o comércio legítimo do Japão com a China.

O templo prosperou como o mais importante templo Rinzai em Kyoto, e o templo cresceu para cerca de 330.000 m2, contendo 150 sub-templos que se vão visitando a caminho do templo principal.

Na fotografia uns japoneses engraçados que conheci por lá, estão a puxar uma corda que faz tocar um sino. Estes sinos na entrada dos templos e que normalmente se tocam à chegada, segundo me explicaram servem para dissipar as forças do mal, focar a mente, e atrair os deuses ou informar a divindade que chegámos para o seu serviço.





Geralmente, os templos Zen são projectados virados a sul, com grandes edifícios alinhados ao longo do eixo norte-sul Tenryu-ji é uma excepção a este princípio. Está alinhado oeste-este, possivelmente para aproveitar a estrutura da construção original.




Diz-se que o templo inicialmente ia ser chamado Ryakuō Shiseizen-ji mas devido a um sonho sobre um dragão dourado esvoaçando sobre o rio Oi que fica ao sul do templo, oi chamado de Shiseizen Tenryu-ji-termo "Tenryū" literalmente significa "dragão do céu".

A pintura decorativa de um dragão no tecto do salão de ensino, chamado Unryu-zu 云龙 “Imagem do dragão nuvem”, é obra de Suzuki Shonen, um famoso artista japonês.





Acima referi que este templo Zen pertencia à escola Rinzai 临 済 宗 . Passo a explicar.

O Budismo Zen é uma escola do Budismo Mahayana (a principal divisão actualmente existente no budismo é entre a escola Theravada e a Mahayana que por sua vez tem um ramo Vajrayana, relacionado com o budismo tibetano).

Zen é a tradução do chinês Chan que por sua vez, deriva do sânscrito Dhyana, que significa "meditação". O Zen enfatiza a experiência, nomeadamente realizada sob a forma de meditação e prática do Dharma, na obtenção da iluminação e como tal, não enfatiza o conhecimento teórico.

Rinzai é um dos três ramos do Zen japonês. O Rinzai Zen é marcado pela ênfase na kensho como caminho para da prática budista. Kensho 见 性 é um termo japonês para experiências de iluminação, literalmente, significa "ver a nossa verdadeira natureza", ou "verdadeiro eu." As experiências Kensho são diferenciados, na medida em que se evolui do vislumbre inicial sobre a natureza da mente, para uma experiência de vazio e, em seguida, talvez, para o Estado de Buda. Atingir este fim é um processo lento de meditação e introspecção feito sob acompanhamento de um mestre budista ou mestre zen.

Já continuo a explicar, para já vejam este local... lindo não é?





Continuando, a explicação, os métodos de meditação e de atingir a iluminação diferem e no caso do Rinzai a formação é centrada nos koan de modo a acelerar o processo.

Um koan é uma pergunta, história, diálogo ou afirmação, geralmente contendo aspectos que são inacessíveis à compreensão racional, mas que podem ser acessíveis a intuição. Um koan famoso é: "duas mãos batem e há um som, qual é o som uma mão?".

Muitos destes Koans são atribuídos a ditos de sábios e figuras lendárias e reflectem o seu estado de iluminados e também para perturbar o hábito de pensamento discursivo e levar a mente à consciência pois mente lógica é considerada o maior obstáculo no caminho para a iluminação devido a anos de condicionamento social e psicológico que forjaram determinadas vias neurais no cérebro.

A ideia com a utilização dos Koan é revelar a psicologia Zen na mente do aprendiz. Para isso usam-se explicações para ao contrário, ou seja usam-se explicações para levar as pessoas a um ponto onde não existem explicações, aí quando os Koan são entendidos a filosofia zen foi entendida.

Vejam os jardins, e o cuidado com que são tratados e os edifícios...





Os professores zen frequentemente recitam e comentam koans, e alguns praticantes zen utilizam-nos para se concentrarem durante a meditação. Os professores podem sondar esses alunos sobre a prática koan, através de perguntas koan para validar uma experiência de despertar.

As respostas adequadas a um koan podem variar de acordo com as circunstâncias, os diferentes professores podem exigir respostas diferentes para um koan, e uma resposta fixa não pode ser correcta em todas as circunstâncias. Na verdade o mestre não procura uma resposta específica, mas a prova de que o discípulo entendeu realmente o estado mental expresso pelo próprio koan.


Assim, embora possa haver as chamadas "respostas tradicionais" (Kenjo 见 处 ou kenge 见解), estas são apenas preservadas como exemplos de respostas dadas no passado por vários mestres durante sua própria formação. Na realidade, qualquer resposta pode estar correcta, desde que ela transmita a prova da consciência pessoal. A formação Kōan só pode ser feita com um professor qualificado que consiga determinar a profundidade de evolução de um discípulo.

Mas sem exemplos é difícil explicar e aqui fica um exemplo para simplificar ou complicar... ehehe

Um exemplo de uma resposta para o koan “duas mãos batem e há um som, qual é o som de uma mão? Uma resposta seria:"... no início o monge pensa que o koan é um objecto inerte em que tem de concentrar a atenção, após um longo período de repetição consecutiva, percebe-se que o koan é também uma actividade dinâmica, a própria actividade de procurar uma resposta para o koan. Assim o koan é tanto o objecto a ser procurado como o incansável procurando-se a si próprio. Num koan, o eu vê se a si próprio sob a forma do koan. Quando se apercebe "torna real", essa identidade, então, duas mãos tornaram-se uma. O praticante torna-se o koan que ele ou ela está a tentar entender. Esse é o som de uma mão. " - G. Victor Sogen Hori, traduzindo o Zen Phrase Book

Aqui numa zona dos jardins, uma floresta de bambús, em que derepente parecia já ser de noite.





E aqui umas fotografias a tentar apanhar boas prespectivas do local e uma com umas turistas que conheci ali, umas divertidas!





Daqui e já fascinada segui para outro templo.

O Kinkaku-ji 金閣寺, Templo do Pavilhão Dourado, é o nome dado ao templo Rokuon-ji 鹿苑寺.

Rodeado pelo Kyōko-chi “lago espelhado”, quase todo o pavilhão está coberto de folha de ouro puro. No telhado do pavilhão encontra-se uma fenghuang dourada (fénix chinesa).

O local foi usado como local de descanso desde 1220 mas o pavilhão em si só foi construído em 1397 e mais tarde foi convertido num templo Zen de orientação Rinzai.

Não parece uma pintura? Acreditem mas existe mesmo, é verdade!





Achando que nada mais me poderia surpreender continuei a minha visita aos templos da cidade.

Daitoku-ji 大 徳 寺 é um templo budista também da escola Rinzai do Zen japonês. Surgiu como um pequeno mosteiro fundado em 1315 ou 1319 pelo monge Shuho Myocho. A pedido do Imperador Hanazono e em 1325 foi convertido numa sala de súplica pela corte imperial.

O templo mais tarde tornou-se intimamente ligado aos mestres da cerimónia do chá japonês e é frenquente vermos turistas a tomar chá aqui.

O templo forma um complexo relativamente extenso e tem cerca de vinte e dois Tatchū (sub-templos).

Aqui vi o meu primeiro jardim de pedra japonês em Kyoto.

Um jardim de pedras japonês 枯山水, Karesansui, ou jardim Zen é uma área plana contendo areia, seixos, cascalho, pedras e muitas vezes relva, musgo ou outros elementos naturais. Os principais elementos de um Karesansui são pedras e seixos ou areia. Estes últimos simbolizam o mar com desenhos que sugerem ondulações na água e as rochas são muitas vezes associadas com montanhas recebendo seus nomes daí. As plantas são pouco importantes (e às vezes, inexistentes). Muitas vezes, mas não sempre, estes jardins são projectados para serem vistos de uma única perspectiva.

Mas melhor que explicar é mostrar...





O templo que visitei a seguir mostra mais um exemplo desta arte.


Ryōan-ji
, ou Shinjitai: 竜 安 寺, Kyūjitai: 龙 安 寺, O Templo do Dragão Pacífico, é um templo, também, do ramo Rinzai do Budismo Zen e que pertence à escola Myoshin-ji famosa por seus jardins Zen.

O jardim do templo que foi construído no estilo karesansui, mede 30 metros na direcção este-oeste e dez metros na direcção norte-sul. Neste jardim, não há árvores, claro, apenas 15 rochas de formatos irregulares e tamanhos variáveis, algumas das quais, circundadas por musgos, e organizadas num leito de seixos brancos que é revolvido diariamente.

As pedras de vários tamanhos estão dispostas sobre os seixos brancos e divididas em cinco grupos constituídos de cinco, duas, três, duas e três pedras.

As 15 pedras existentes do jardim estão espalhadas de maneira que os visitantes só possam ver 14 delas por vez a partir de qualquer ângulo em que se olhe. De acordo com a lenda, apenas quando alguém obtém iluminação espiritual, como resultado de uma meditação Zen profunda, consegue ver a última pedra com seu 3º olho.

Penso que bastantes pessoas deviam estar a tentar pois ao longo da varanda viam-se sentadas no chão uma série de pessoas a comtemplar o jardim.




Agora uma pausa nos templos, a próxima paragem é um Palácio.

O Kyōto Gosho 京都御所 ou Palácio de Kyoto, foi um Palácio Imperial do Japão durante o Período Edo. Foi o último dos palácios Imperiais construído neste sítio depois do abandono do Palácio Heian 大内裏, o grande palácio original que se encontrava a oeste deste durante o Período Heian. O palácio perdeu muitas das suas funções na época da Restauração Meiji, quando a capital foi mudada para Tóquio, em 1869.

Mais uma vez os jardins e os edifícios criam um ambiente digno de um sonho.





O Palácio está delimitado por um fosso e tem nos seus jardins uma série de edificios que parecem ocupados.




Continuando a nossa pausa de templos agora mostro um santuário.(shrine).


Fushimi Inari Taisha 伏 见 稲 荷 大 社 é um santuário xintoísta da divindade Inari, que representa os negócios e a riqueza. Este é o santuário mãe, havendo, parece, cerca de 40 000 sub-santuários (matsuji) em todo o Japão.

O Xintoísmo, Shinto 神道 ou kami-no-michi é a espiritualidade natural do Japão a palavra que significa "caminho dos deuses" é uma religião em que a prática e os rituais, mais do que palavras, são de extrema importância.

Shinto é caracterizada pelo culto da natureza, dos ancestrais, pelo politeísmo e pelo animismo, com uma forte ênfase na pureza ritual, que envolve honrar e celebrar a existência dos Kami 神, que são definidos como "espíritos", "essências" ou "divindades", com muitas formas, desde seres humanos, a formas animistas ou a forças naturais abstractas (montanhas, rios, relâmpagos, ventos, ondas, árvores, rochas). No fundo pode dizer-se que os Kami são elementos e energias sagrados que se inter-relacionam entre si e com o Homem.

O culto principal kami é feito em santuários públicos ou de culto e em pequenos santuários em casa chamados kamidana. O santuário funciona como um canal para kami. Um menor número de santuários são também lugares naturais chamados mori. Os mais comuns dos Mori são bosques, montanhas ou quedas de água considerados sagrados.

Nos santuários há uma série de barreiras simbólicas e reais que existem entre o mundo normal e o sagrado como estátuas de protecção, portões, cercas, cordas e outros. Geralmente, haverá apenas um ou às vezes dois acessos públicos para o Santuário que terão um torii ao longo do caminho. Os torii podem ter 20 estilos diferentes consoante a kami e linhagem e são essencialmente duas traves verticais que apoiam duas traves horizontais, representando como numa porta a entrada no espaço sagrado.

Este santuário específico fica na base de uma montanha, também chamada Inari, e inclui trilhos até a montanha para muitos santuários menores. A maioria desses caminhos está literalmente delimitada por um número incontável de Torii. Como Inari é o deus dos negócios, cada um dos Torii foram doados por homens de negócios, empresas japoneses comerciantes e fabricantes para atraírem riqueza e os seus nomes estão escritos nas Torri.

Nos santuários normalmente há um corredor público de culto, uma sala de oferendas e salas de culto com acesso restrito ao sumo-sacerdote, ou adoradores em certas ocasiões.





Ao contrário da maioria dos santuários xintoístas, Fushimi Inari Taisha, em consonância com os santuários Inari típicos, tem uma visão aberta do objecto principal de ídolo - um espelho.

Também se encontram frequentemente nos santuários Inari, estátuas de raposas (kitsune), consideradas mensageiros de Inari aparecem a segurar um objecto simbólico na boca ou debaixo de uma pata dianteira - na maioria das vezes uma jóia e uma chave, mas um feixe de arroz, um rolo, ou um filhote de raposa também são comuns.

Outra característica típica é o encarnado que passou a ser identificado com Inari, devido à prevalência do seu uso nos santuários e torii desta divindade.

Os santuários são instituições privadas, e são apoiados financeiramente pela congregação e visitantes.

Os santuários mais conhecidos podem ter festivais que atraem centenas de milhares de pessoas, especialmente durante o ano novo, todos organizados por padres que são canais espirituais e administradores. Este santuário atrai vários milhões de adoradores durante o Ano Novo Japonês, 2,69 milhões, durante 3 dias.

Devido à natureza sincrética do xintoísmo e do budismo, a grande maioria dos Japoneses tomam parte em rituais xintoístas, enquanto a maioria também pratica o ancestral culto budista, por exemplo, é comum no Japão registar ou celebrar um nascimento num templo xintoísta, enquanto o funeral é geralmente ditado pela tradição budista. Neste misto de cultos e como nenhuma destas religiões exige que se professe a fé, a decisão de qual é a religião de cada um depende da sua interpretação pessoal.




Continuemos então com os templos...


Ginkaku-ji 银 阁 寺, o "Templo do Pavilhão de Prata", é um outro templo Zen da escola Rinzai, o seu nome oficial é Jishoji-ji 慈 照 寺 ou o "templo da misericórdia reluzente”.

O salão Kannon é a estrutura do principal templo. O responsável pela construção procurou imitar o Kinkaku-ji de ouro que havia sido encomendado pelo seu avô Ashikaga Yoshimitsu.

É conhecido popularmente como Ginkaku, o "Pavilhão de Prata" por causa dos planos iniciais de cobrir o seu exterior em folha de prata. Durante a Guerra Onin, a construção foi interrompida e apesar da intenção de Yoshimasa de cobrir a estrutura com um distintivo forro de prata, esta obra foi adiada por tanto tempo que os planos nunca foram realizados.

Como Kinkaku-ji, Ginkaku-ji foi originalmente construído para servir como um local de descanso e solidão para o Shogun.

Além do famoso edifício do templo, temos o jardim de pedra, um elemento essencial no jardim, que se tornou particularmente bem conhecido, pela pilha cuidadosamente formada de seixos que simbolizam o Monte Fuji.

Confesso que depois de tudo o que já tinha visto, este já não me surpreendeu muito, além disso estava em remodelações.





Mais para o interior temos lindos jardins cobertos com uma variedade interessante de musgos.






Como dizia atrás este templo estava em obras. Desde inícios de 2008 o Ginkaku-ji está a passar por uma extensa restauração estando o seu exterior em grande parte obscurecido por andaimes, por isso junto aqui umas fotografia do seu aspecto normal.





O Passeio do Filósofo, 哲学 の 道, Tetsugaku no Michi, é um caminho que segue um canal entre Ginkaku-ji e Nyakuōji-jinja. O percurso é assim chamado porque diz-se que um professor de filosofia da Universidade de Kyoto, Nishida Kitaro, usava-o para a meditação diária.

O caminho passa por vários templos e santuários, como Hōnen-in, Otoyo, e o Eikan Zenrin-do-ji.

Não podia deixar de me entregar a filosofias e valeu bem a pena...





Mais alguns pormenores do passeio.





E mais um templo...


O Eikan Zenrin-do-ji 永 観 堂 禅林 寺, é um templo, da escola budista Jodo Shu “escola da terra pura” e templo mãe do sub-ramo Seizan, é comummente referido apenas como "eikan-do" 永 観 堂, Átrio da Eternidade.

Sendo da escola Mahyana e do ramo Jodo, a prática central é a devoção ao Buda Amida, e a recitação do Nembutsu com fé profunda e sincera. O Nembutsu é um louvor oferecido a Buda Amitabha como um acto de devoção. A frase original em sânscrito teria sido Namo Amitabhaya Buddhaya, o que pode significar tanto "Eu confio no Buda da Luz Imensurável" ou simplesmente "Homenagem ao Buda da Luz Imensurável".

A escola Jodo Shu é fortemente influenciada pela ideia de Mappo ou a idade do declínio do Dharma. O conceito de Mappo é que ao longo tempo a sociedade torna-se tão moralmente corrupta, que as pessoas já não podem efectivamente colocar os ensinamentos do Buda em prática. No pensamento medieval, sinais de Mappo incluíam o guerras, catástrofes naturais e de corrupção da sociedade. O Jodo Shu, procura proporcionar às pessoas uma prática budista simples numa época díficil que qualquer pessoa pode usar para chegar à iluminação: A devoção ao Buda Amida expressada no Nembutsu.

Através da compaixão de Amida, um ser pode renascer na Terra Pura (Sukhavati em sânscrito), onde pode perseguir a iluminação mais prontamente, longe do sofrimento da existência terrena.

Não defende que outras práticas budistas estejam erradas, mas sim que em certas condições não são possíveis de seguir e embora a repetição do nembutsu seja o ponto essencial do Jodo Shu, as pessoas são incentivadas a participar em práticas "auxiliares" tais como observar os Cinco Preceitos, a meditação, a recitação de sutras, a boa conduta de outros. Não existe uma regra rígida sobre o culto e como a compaixão de Amida é estendida a todos os seres que recitam o Nembutsu e o modo como se observam as práticas auxiliares é deixada ao critério dos indivíduos.





O templo é famoso pelas árvores de folha caduca dos seus jardins (é a tradição japonesa de ir visitar áreas onde as folhas ficam encarnadas no Outono).





No complexo temos o Portão principal e a Porta interior que cercaram a mansão aristocrática antes de se tornar um templo; o Salão do Fundador; o Salão Amida 阿 弥陀 堂 com a famosa estátua de Amida, que é o objecto central do culto para o templo; a torre Tahōtō - torre do templo está situado no ponto mais alto no terreiro, e oferece a melhor vista da paisagem; a Câmara Zen do Chefe dos Sacerdotes, embora este não seja um templo do zen-budismo, o complexo inclui esta câmara de padres no estilo zen. Também há um grande número de tesouros culturais guardados aqui constituídos de pinturas de uma grande variedade de temas budistas.





O templo tornou-se famoso pela sua invulgar estátua do Buda Amida, que olha sobre seu ombro, em vez de para a frente. Em japonês é chamado de Amida Mikaeri. Segundo a tradição, em 1082, quando alguns monges estavam praticando um ritual, caminhando ao redor da estátua e recitando sutras, a estátua de Amida ganhou vida e desceu de seu tablado. Um dos monges interrompeu o ritual em surpresa e Buda olhou por cima do ombro para o monge, e disse-lhe: "Yokan, estás lento". Desde então, reza a história que a postura da estátua permaneceu nessa posição.





Aqui aproveitei para ver ao vivo como se escrevem a tinta os caracteres japoneses e como se colocam os selos nos documentos. Já pensaram na complexidade daqueles simbolos, tanto os japoneses como os chineses? Eu ficava sempre impressionada quando os via desenhar aquelas obras de arte perfeitas em meros segundos...




Mais um santuário? Vale a pena, acreditem...

O Santuário Heian 平安 神宫 é um templo xintoísta construído em louvor da família imperial. O torii antes do portão principal é um dos maiores do Japão e está no meio de uma movimentada estrada ehehe.





É dedicado ao primeiro e último imperadores que reinaram em Kyoto, Imperador Kammu e Imperador Komei.Os edifícios do santuário são uma réplica parcial do Palácio Imperial do período Heian.

Apesar de a achar que em geral os templos são mais bonitos que os santuários não pude deixar de achar este o máximo e rodeado por uma paz quase transcendental.





O guia dizia: "Um belo jardim está localizado atrás dos principais edifícios do santuário." Belo?? Apenas belo? Será que não conheciam adjectivos mais apropriados para este estrondo de paisagem?





Desculpem se sou repetitiva em algumas fotografias mas as árvores japonesas fascinaram-me... ehehe





E o último templo que visitei...

O To-ji 东 寺 é um templo budista da seita Shingon. O Seu nome significa Templo do leste, e já teve um parceiro, Sai-ji Templo do oeste. Ficavam em cada lado do portão para a capital Heian. É formalmente conhecido como Kyo-o-Gokoku-ji 教 王 护国寺.

O Pagode de To-ji com 54,8 m de altura é a mais alta torre de madeira no Japão.
No complexo há um jardim e lago, onde se podem ver tartarugas e carpas nadar. Existe no complexo também uma escola privada academicamente rigorosa, a Rakunan, da qual muitos estudantes são enviados para universidades de elite.

Reconhecendo a importância histórica e espiritual de To-ji, a Unesco designou, juntamente com vários outros tesouros em Kyoto, como parte dos "Monumentos Históricos da Antiga Quioto" Património Mundial.

Mas antes de mais deixem-me explicar o que este ramo do budismo tem de diferente dos outros. A escola Shingon 眞言, 真言 "verdadeira palavra" é uma das maiores escolas budistas japonesas, do budismo Vajrayana.

O Budismo divide-se essencialmente em duas escolas o Theravada "a escola dos anciãos" e Mahayana "o grande veículo". O Mahayana possui dois caminhos de prática: o Sutrayana, que prega o aperfeiçoamento através do acúmulo de mérito e sabedoria gradualmente, e o Vajrayāna, que prega a tomada do fruto - a iluminação - como o caminho.

Shingon é geralmente chamado de "budismo esotérico japonês". A palavra é a leitura japonesa para a palavra chinesa zhen yan, literalmente significando "palavra verdadeira", que por sua vez é a tradução chinesa da palavra sânscrita “mantra”.

O budismo Shingon surgiu no período Heian (794-1185), quando o monge Kūkai foi para a China em 804 e estudou práticas tântricas na cidade de Chang'An e retornou com muitos textos e obras de arte. Com o tempo, ele desenvolveu sua própria síntese da doutrina e prática esotéricas, centrados no Buda universal, Vairochana (ou, mais precisamente, Mahavairochana Tathagata).

O budismo Vajrayana está relacionado com práticas rituais e meditativas que levam à Iluminação. De acordo com o Shingon, a iluminação não é uma realidade distante e alheia que pode levar eras para se alcançar, mas uma possibilidade real nesta mesma vida, baseado no potencial espiritual de cada ser vivo, conhecido genericamente como Natureza de Buda. Se cultivada, essa natureza luminosa manifesta-se como sabedoria inata.

Com a ajuda de um professor genuíno e através do treino apropriado do corpo, fala e mente, o corpo através de gestos devocionais (mudra) e o uso de instrumentos-rituais, a fala através de fórmulas sagradas (mantra) e a mente através da meditação e da visualização da mandala, podemos reivindicar e liberar esta capacidade para nosso benefício e dos outros.




Apesar de achar interessante entender toda esta filosofia oriental, não posso deixar de referir enquanto católica que qualquer religião ou filosofia, em que sejamos levados a crer que não precisamos da ajuda e orientação de Deus nas nossas vidas, pode ser negativa para o nosso crescimento espiritual. Há que por isso olhar para estas coisas sem perder de vista a nossa própria religião e aquilo em que acreditamos...

Depois de uns dias em Kyoto que valeram por anos de comtemplação ehehe, apanhei o chamado comboio bala, o Shinkansen 新幹線 para Tóquio (escrevo Kyoto em inglês e Tóquio em português não é muito coerente mas Quioto não me "soa" nada bem e Tokyo também não, o e já que o blog é meu há que aproveitar da autoridade e escolher escrever como gosto mais! eheh

E lá fui, a cerca de 300 km/h, chegando a Tóquio um pouco mais de 2h depois. Não percebo muito de comboios mas sei que há quem excite muito com o Shinkasen, eu sinceramente não me impressionei e na verdade quem quiser ter a experiência, a meu ver, não precisa de ir tão longe, basta fazer Madrid-Barcelona no comboio rápido, eu pelo menos achei igual... possivelmente é...






3. TÓQUIO 東京

Tóquio literalmente "capital do leste", 東京, oficialmente Metrópole de Tóquio 東京都 situa-se em Honshu, a maior ilha do arquipélago.

Possui mais de 37 milhões de habitantes, o a que torna a maior área metropolitana do mundo. A população de Tóquio aumenta em 2,5 milhões ao longo do dia, devido aos estudantes e trabalhadores de prefeituras vizinhas, que para lá vão estudar e trabalhar.

Embora Tóquio seja considerada uma das cidades mais importantes, movimentadas e densamente habitadas do mundo, não é, tecnicamente, uma cidade. Na verdade, Tóquio é designada como uma metrópole e é constituída de 23 bairros, 26 cidades primárias, 5 cidades secundárias e 8 vilas diferentes. Cada uma delas possui um governo que opera no nível regional. Também fazem parte de Tóquio pequenas ilhas no Oceano Pacífico, localizadas a mais de mil quilómetros sul. Tóquio é uma das 47 províncias do Japão.

Sofreu grande destruição duas vezes; uma em 1923, quando foi atingida por um terramoto; e outra em 1944 e 1945, quando bombardeios americanos destruíram grande parte da cidade e mataram mais de 150 mil pessoas.

As expectativas em relação à cidade são grandes, na verdade é uma cidade como muitas outras, há sítios de grande belza, há sítios muito à frente e há sítios normais, mas ao mesmo tempo é especial numa coisa que me custa um pouco definir mas a sensação que tive foi que ali o tempo passa mais devagar. No no meio do turbilhão de gente e de movimento da cidade há uma atmosfera de paz e constância que marca o subconsciente.

Algumas ruas ou zonas a não perder são a Ginza, a "5ª ave." de Tóquio, com o famoso Sony Building, a Ueno com as suas galerias e museus, a Ameyoko Arcade para pechinchas, a Shinjuku boa para todas as compras, o Ebisu e Daikanyama um bairro com estilo girro para uns passeios e a Roppongi e Akasaka para jantar e sair à noite.



Uma das minhas primeiras paragens foi a Torre de Tóquio 東京タワ , talvez numa tentativa de ver o que me esperava na cidade ehehe. Esta torre que é um dos pontos de visita obrigatórios em Tóquio, foi erguida em 1958 e tem 333 metros de altura, mais 13 que a Torre Eiffel, na qual foi inspirada.

A torre funciona como uma estrutura de apoio para uma antena. Inicialmente prevista para sinais televisivos, foram instaladas antenas de rádio em 1961 e agora a torre é usada para transmitir simultaneamente sinais de rádio e tv embora não esteja preparada para tv digital.

Recebeu mais de 150 milhões de visitas desde a sua abertura.





Ainda numa vã tentativa de encolher a cidade ao tamanho de um olhar subi a mais umas torres...

O Tokyo Metropolitan Government Building 东京 都 庁 舎, Tōkyō Tochōsha, também conhecido como Tokyo City Hall, abriga a sede do Governo Metropolitano de Tóquio, que regula não só os 23 bairros, mas também nas cidades, vilas e aldeias que compõem Tóquio como um todo.

O edifício é constituído de um complexo de três estruturas, cada uma ocupando um quarteirão da cidade. O mais alto e mais proeminente dos três é o Tokyo Metropolitan, uma torre de 48 andares de altura que se divide em duas secções, no piso 33. A concepção do edifício (que era para se assemelhar a um chip de computador), tem muitos toques simbólicos, principalmente a divisão acima referida, que recria o aspecto de uma catedral gótica. As torres têm andares decks de observação panorâmica e subi para mais uma vista da cidade.

Toda aquela zona tem um ar muito "high-architecture" mas um pouco austero também.



Já que estou na onda de edifícios reparem neste, giro não é? Nunca cheguei a entender o que era mas deu para fazer umas fotografias mais para o artisticas...eheh




Mas deixemo-nos de artes e vamos lá continuar a visita...

O Palácio Imperial 皇居 é a principal residência do imperador do Japão e foi a minha paragem seguinte. Ocupa uma área total de 7, 41 km2 incluíndo os jardins.

Do complexo fazem parte edifícios como o palácio principal e residências particulares da família imperial.

Cheguei a esta zona vinda do centro financeiro e atravessei uns extensos jardins muito verdes e com árvores recortadas como verdadeiros bonzais, as árvores japonesas são qualquer coisa de extraordinário... Estes jardins, integrados na própria cidade, estão delimitados apenas por canais e altos e modernos edifícios é uma paisagem digna de se saborear com ou sem tempo porque aqui parece que o tempo pára mesmo, deitem-se ou sentem-se na relva e aproveitem a sensação de estarem numa bolha a observar o mundo passar ehehe.

Passando os jardins chegamos aos terrenos do palácio e podemos avistar o palácio atrás da ponte, Nijubashi, num cenário próprio de um postal.




Mais uma vez aqui a ponte mais famosa do palácio e as árvores… as árvores,eheh, adorei mesmo a maneira como recortam as árvores no Japão ficam absolutamente divinais!





Ainda aqui aproveitei para visitar os “East Gardensdo Palácio Imperial que são uma parte da área interna do palácio que está aberta ao público.

Para isso tive de atravessar um fosso, que mais parecia um agradável lago e passar por um imenso portão integrado no oponente muro do palácio, penso que estes fossos, muros, portões e guaritas existentes ainda são os que pertenceram ao primeiro palácio construído aqui.





Decidi que depois de tanta paz estava preparada para enfrentar zonas de suposta maior confusão...


Shibuya 渋 谷 区 é um dos 23 bairros de Tóquio. Com uma área total de 15,11 km ² em 2008, tinha uma população estimada de 208.371 habitantes ou seja uma densidade de 13.540 pessoas por km ²...

Shibua é também é usado para se referir a área comercial central deste bairro, que rodeia estação de Shibuya, uma das mais movimentadas de Tóquio. Aqui, podemos atravessar o famoso e enorme cruzamento de Shibua (Shibua's crossing) onde carros vindos de todas as direcções param simultaneamente nos semáforos e a estrada é literalmente invadida por um mar de gente que o atravessa nas várias direcções.




Shibuya é conhecido como um dos centros de moda do Japão, especialmente para os jovens, e como uma importante área de animação nocturna.
Não pude deixar de dar uma espreitada ao Love Hill – onde "boutique hotels" publicitam quartos com estilos diversos desde castelos góticos, a quartos tirados dos westerns, mas achei um pouco decadente confesso.




Outro ponto que todos os guias referem é o mercado de peixe.


Tsukiji Fish Market 筑 地 市场 é o maior mercado grossista, de peixe e frutos do mar, no mundo e também um dos maiores mercados de alimentos por atacado de qualquer tipo.

O mercado é uma grande atracção para os visitantes estrangeiros em especial aqueles que lá chegam perto das 5 am para assistir ao leiloar do peixe...

Espantoso o que se encontra por ali, gostei muito de ver a organização com que os artigos são expostos, nunca vi um “mercado de rua” assim. As pessoas são muito agradáveis e pode provar-se uma série de coisas… mesmo as mais esquisitas…





Mas não é apenas em Kyoto que há templos e embora já tivesse tido a minha dose, vsitei aqui mais um... e que caminhada até chegar ao centro do templo...

Gokoku-ji 护国寺 é um templo budista Shingon. Em 1873, o imperador Meiji declarou Gokoku-ji o mausoléu imperial e o imperador e vários de seus filhos estão enterrados no que continua a ser o mausoléu Imperial.

Gokoku-ji é também conhecido como o templo central que supervisiona a prática da cerimónia do chá japonês em todos os templos do país.A cerimônia do chá japonês, chanoyu 茶の湯 ou chado 茶道, também chamado de "o Caminho do Chá", é uma actividade cultural multifacetada que se concentra na preparação e apresentação cerimonial do chá verde japonês. A maneira pela qual é executada, ou a arte de seu desempenho, é conhecida como Temae 点 前. O Budismo Zen foi essencial para o desenvolvimento desta actividade cultural e essa influência Zen permeia muitos aspectos da mesma.





Pelo caminho no meio de uma rua normalissima vi um Torri e uma escadaria, subi e logo ali parecia mesmo que tinha entrado noutra dimensão... uns metros mais à frente na mesma rua encontro o que parecia ser uma igreja...





Via o Shuto Expressway Odaiba rota 11 podemos ir do centro de Tóquio atravessando a Ponte do Arco Íris até... ao pote de ouro eheheh, brincadeira, até, dizia eu, Oidaba, uma ilha à frente de Tóquio.

Ora só pela primeira parte do trajecto já vale a pena a viagem é que se querem ter uma experiência de viver no futuro, esta serve! Vejam as fotografias e tentem entender o que quero dizer.





Lá atravessei a ponte do arco irís em direcção, não ao pote, mas a Odaiba.

Odaiba お 台場 é uma grande ilha artificial com uma arquitectura hiper-moderna. A área é uma zona turística e de lazer, com vários grandes hotéis, centros comerciais e também sedes de algumas grandes empresas.

Ora como não se pode atravessar um arco-iris sem esperar algo especial, quando chegamos ao outro lado estamos na... estátua da liberdade... quem nunca tenha ido a nova iorque pode achar que atravessámos o atlantico numa ponte mágica mas nada disso, pequeno este exemplar da senhora mais famosa da big apple está mesmo em Oidaba no Japão e tem como pano de fundo uma vista muito bonita da cidade. É giro ver aqui o escurecer e as luzes dos prédios e barcos a aparecerem no horizonte.





Mais um templo para acabar? Vale a pena, este visitei de noite e não me arrependi nada.

Sensōji 浅草寺, também conhecido como Asakusa Kannon é o templo mais antigo de Tóquio.

Segundo a lenda, no século VII, dois pescadores locais descobriram uma estátua de Kannon, a Deusa Budista da Misericórdia nas suas redes. Diz-se que o templo foi construido para abrigar a estátua. Desde então, o templo foi reconstruído e ampliado. Acredita-se que a estátua original de Kannon encontrada pelos pescadores está enterrada debaixo do altar banhado a ouro, por trás do altar-mor, no Salão Principal.
O Kaminarimon - Portão do Deus do Trovão, com sua lanterna vermelha enorme, é a entrada principal do templo. Relembro os japoneses acreditam que o torii separa o mundo quotidiano do mundo divino.





Por fim mais algumas fotos de alguns pormenores da cidade antes da despedida, chamo a atenção para as "games arcades" que à semelhança com as chinesas são gigantescas, o uso das bicicletas, uma passadeira especial, o metro mais fácil de usar do mundo e uma entrevista no meio da rua... a mim... ehehe pois foi entrevistaram-me no Japão... qualquer pergunta a ver com boxers ou slipes já não me lembro bem mas tinha a ver com o que eu achava mais atraente eheh respondi xa yig la fugi ta lol brincadeira, sinceramente não me lembro da pergunta nem da minha resposta acho que escolhi uma opção... foi há mais de um ano... não me lembro mesmo. Se virem na tv gravem e mandem-me! eheh




E antes da partida gastei as minhas ultimas moedas num cadeirão de massagens no corredor do aeroporto, divinais!

E encantada com este país, lá rumei para Hong Kong de onde segui para Shanghai a última paragem da minha viagem. Como já falei de Hong Kong e Shanghai posso dizer, ainda que com uma certa nostalgia que a minha viagem virtual acaba aqui... Espero que tenham gostado!



NEXT TRIP: Já voltei à Ásia depois desta viagem, na verdade tenho demorado a actualizar o blog e neste momento já passou mais de um ano desde que voltei... Normalmente não escrevo durante as viagens nessas alturas só pego em computadores quando tem mesmo de ser eheh e quando regresso são tantas coisas para tratar que é difícil dedicar o tempo. Mas neste momento estou a fazer um esforço para por tudo em dia é que ao ritmo a que viajo se não aumento o ritmo a que publico, qualquer dia tenho de tirar férias só para o blog! Assim em breve espero publicar aqui as fotografias de mais umas viagens pela Àsia desta vez: Nepal, Tibete, Sri Lanka e Índia.

1 comment:

Anonymous said...

Você coloca nas fotos os sonhos de muito que não podem viajar. Eu por exemplo viajei contigo no seu blog. Parabéns por transmitir tantas emoções pra todos nós. Continue viajando e alimentando nossa imaginação.Um grande abraço.