CAMBODJA

O Camboja é um país da Indochina, limitado a norte pelo Laos, a leste e a sul pelo Vietname, a oeste pelo Golfo da Tailândia e a oeste e a norte pela Tailândia.

Na língua khmer é chamado Kampuchea (កម្ពុជា) do sânscrito Kambojadeśa mas muitos khmer referem-se ao seu país como "Srok Khmer" (terra dos khmers). O nome oficial do país é o Reino do Camboja ou Preah RéachéanachâkKampuchea Com Preah significando "sagrado"; Reach do sânscrito rajá, significando "reino"; Ana de Pāli Ana, "a autoridade"; e Chak do sânscrito "chakra" ou "roda", um símbolo do poder e ordem.


Em 802 AD Jayavarman II declarou-se rei o que marcou o início do Império Khmer. Reis sucessivos floresceram o que marcou imenso poder e riqueza do império Khmer que dominou durante mais de 600 anos grande parte do Sudeste da Ásia. Depois foi governado como um vassalo entre seus vizinhos, até que foi colonizado pelos franceses em meados do século XIX de quem ganhou a independência em 1953. A guerra do Vietname estendeu-se ao Cambodja levando a que o exército vermelho tomasse Phnom Penh em 1975. O Camboja reapareceu alguns anos mais tarde dentro de uma esfera de influência socialista como a República Popular de Kampuchea. Após anos de isolamento, a nação devastada pela guerra foi reunificada sob a monarquia em 1993.

O reino é uma monarquia constitucional com Norodom Sihamoni, o monarca eleito pelo Conselho Real do Trono como chefe de Estado. O chefe de governo é Hun Sen, que é actualmente o líder que está há mais tempo no poder no Sudeste Asiático que governa o Camboja há mais de 25 anos.

A reconstrução devida a décadas de guerra civil tem visto um progresso rápido nas áreas de recursos económicos e humanos.

A religião é oficial é o Budismo Theravada que é praticado por cerca de 92% da população do país.

A capital do país é Phnom Penh e a maior atracção turística é Angkor Wat perto de Siem Reap.


1. SIEM REAP

Voei para o Cambodja, desde Bangkok, num avião muito colorido. As fotografias mostram as primeiras impressões que tive ao sobrevoar este país. Achei que com tanto verde deveria ser lindo!




Tinha apanhado o avião para Siem Reap que era a cidade mais próxima do meu destino Angkor. Siem Riep é uma cidade que mais uma vez me fez lembrar África, mais do que qualquer outra cidade que visitei na Ásia.

No avião conheci um americamo com quem partilhei um taxi para a cidade. Uma vez que ele também ia visitar Angkor que está a cerca de meia-hora distância e combinamos partilhar o taxi e lá fomos em direcção ao famoso destino.

Algumas pessoas ficam admiradas por ter ido sozinha mas na verdade raramente estive sozinha. É uma questão humana estarmos em sociedade e o apoio mútuo é o que acaba por acontecer com os turistas que se encontram nestes destinos mais inóspitos, em especial se também estão a viajar sós.

Achei que mesmo no reboliço próprio de uma cidade ali imperáva uma serenidade impressionante, um ambiente tão sereno que chegar ali desde Bangkok parecia mais um sonho. Há medida que nos iamos afastando da cidade iamos avançando para uma zona de campo ainda mais tranquila e bonita parecia mesmo que estávamos noutro mundo.







2. ANGKOR

No caminho começar a ver aquelas construções, que fazem lembrar fotos do Perú e nos lembram toda a mística dos Maias e Incas, ainda mais a pensar que aquele avião colorido era uma nave disfarçada que nos levou a uma viajem ao passado a um mundo desconhecido e escondido e que em breve vamos partir em busca de um tesouro ao estilo do Indiana Jones ehehe.

A região.... Angkor é um complexo de ruínas das antigas cidades do Império Khmer que dominou a região do Camboja entre os séculos IX e XV. As ruínas estão localizadas no meio das florestas ao norte do Grande Lago e fazem parte do Patrimônio Mundial da Unesco.

Angkor forma um dos mais importantes locais arqueológicos da Ásia. Estendendo-se por mais de 400 km², incluindo áreas florestais, O Parque Arqueológico de Angkor contém as ruínas de diversas capitais do Império Khmer, dos séculos IX a XV. Nesta área encontram-se mais de mil templos, dentre eles o de Angkor Wat, Angkor Thom e muitos outros.






Comecei a visita por Angkor Wat que foi construído pelo rei Suryavarman II, no começo do século XII, como o seu templo central e capital do Estado. É o maior e mais bem preservado templo no local e também o único que restou com importante significado religioso - inicialmente hindu, e depois Budista - desde a sua fundação. O templo é o ponto máximo do estilo clássico da arquitetura Khmer.

Tornou-se símbolo do Camboja, aparecendo em sua bandeira e sendo sua principal atração turística. Foi desenhado para representar o Monte Meru, casa dos deuses da mitologia Hindu.

Dentro de um fosso e de uma parede externa de 3.6 km de comprimento estão três galerias retangulares, cada uma erguida em cima da outra. No centro do templo fica um quinteto de torres. Diferentemente da maioria dos templos angkorianos, Angkor Wat fica virado para o oeste.





Alguns pormenores do interior do templo que é admirado pela grandiosidade e harmonia de sua arquitetura, pelos seus baixos relevos extensos e pelos vários desenhos que adornam suas paredes.





Para terem uma ideia do que é Angkor Wat (só o templo pois a região é muito maior) aqui fica uma miniatura do mesmo, que dá para ter uma ideia da dimensão e beleza e do que é andar por ali.

Apenas achei que devia haver no templo e em toda a região algum tipo de referências que explicassem um pouco o que há de interessante acerca daquele lugar. Quem vá sem guia ou um bom mapa dificilmente entende o que está a ver.





Perdermo-nos por aqueles locais é uma aventura recheada de encanto.





No regresso a Siem Reap com uma chuva torrencial pelo caminho e com o motorista prestável a não querer parar para não nos atrasarmos... e um sinal de trânsito que não esperava encontrar em lugar nenhum do mundo ehehe.





3. De SIEM REAP a PHNOM PENH


No Cambodja ainda fiz o caminho desde Siem Reap até à Capital de onde pensava dirigir-me ao Laos. As paisagens bastante bonitas e faziam lembrar as do Vietname. Mais uma vez aqui como no Borneo utilizam-se muito as casas sobre estacas.








4. PHNOM PENH


Confesso que não gostei muito de Phnom Penh, não sei bem porquê mas achei uma cidade pesada. Estive em sítios muito parecidos mas de todas as cidades esta e Saigão foram as que me pareceram menos "boa onda", não me perguntem porquê...

No caminho para Phnom Penh umas belgas tinham-me dito para ficar no hotel onde tinham estado. Ficava no meio de uma zona meia assustadora confesso para quem chega de noite eheh mas de manhã era um sítio com uma vista encantadora...





Não fazia grande planos para visitar a cidade em que é marcante a influência francesa patente em algumas construções.

A minha ideia era apanhar um autocarro para norte em direcção ao Laos. Na verdade já estava de pé atrás desde que cheguei e o autocarro foi invadido por um grupo de Cambojianaos taxistas, o único que falava inglês quase que teve de andar á tareia com um colega que dizia que me tinha visto primeiro mas com quem eu não sairia dali nem que me pagassem ehehe. No hotel o recepcionista parecia louco... Depois quando comprei o bilhete de autocarro juraram que demorava x horas a chegar ao local e tentaram vender-me um visto que não inspirava nenhuma confiança.
Quando cheguei ao autocarro e concluo que em vez de x horas eram x*2 e que nem isso garantiam, achei que não ia arriscar, não tinha assim tantos dias para andar perdida pelo Camboja onde acima de tudo as pessoas não me inspiravam grande confiança. Voltei para trás troquei o bilhete de autocarro por um voo para Bangkok e decidi seguir para o Laos via Tailândia.
Se tivesse mais dias talvez fosse giro ter ido e até cheguei a estar dentro do autocarro que até levava alguns turistas simpáticos.

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