SRI LANKA

A República Democrática Socialista do Sri Lanka, ශ්රී ලංකා ou இலங்கை é um país insular da costa sul do subcontinente indiano. O seu nome deriva do sânscrito श्री लंका Sri (venerado) e a Lanka (ilha). Foi conhecida até 1972 como Ceilão, nome dado pelos portugueses quando ali chegaram em 1505. Contudo o seu antigo nome dado pelos árabes era Serendib e o conto sobres os três principes de Serendib (Serendip, Serendib, e Sarendip) que estavam sempre a fazer descobertas acidentais, está na origem da palavra inglesa "serendipity", que significa encontrar algo por mera sorte, enquanto se procurava outra coisa.


De acordo com a mitologia hindu, durante a época de Rama (do famoso épico indiano de que falei no post da Índia) existia uma ponte de terra para o continente indiano, conhecida como Ponte de Rama, que agora corresponde a apenas uma cadeia de pedras de calcário acima do nível do mar. De acordo com relatórios coloniais britânicos era uma ponte natural que foi destruída por uma violenta tempestade em 1480.

Há falta de ponte... ahah como já contei no post da Índia, eu e o Rui voámos para o Sri Lanka onde nos íamos encontrar com o Rui Rapazote que se ia juntar a nós para esta viagem. O Rui R. viria da Malásia – Bornéu, onde tinha estado de férias. Eu tinha conhecido o Rui R. na China e achei-o sempre uma simpatia e achei que iria ser giro viajarmos os 3 juntos, eles são uns divertidos!




1. COLOMBO


A nossa primeira paragem foi Colombo que é a capital, centro económico e maior cidade do Sri Lanka. É também um importante porto do Oceano Índico. Foi uma possessão portuguesa entre 1518 e 1524 e entre 1554 e 1656.

É capital conjunta com a cidade de Kotte, ou seja, o Sri Lanka tem o Poder Executivo e Judiciário em Colombo, mas o Poder Legislativo (Parlamento ) em Kotte.

Visitámos Colombo ainda sem o Rui R. que só chegaria no dia seguinte, mas com outra companhia, um rapaz, o Martin, que conhecemos no transfere que nos levou do aeroporto ao centro da cidade e que acabou por fazer uma parte da viagem connosco.

Mas vou falar um pouco do Sri Lanka enquanto visitamos Colombo….

Invadido raramente por reinos do sul da Índia, o Sri Lanka foi sempre um porto e entreposto comercial importante do mundo antigo, do Médio Oriente, da Pérsia, Birmânia, Tailândia, Malásia, Indonésia e outras partes do sudeste da Ásia. Foi o principal exportador mundial de canela, que foi exportado para o Egipto desde cerca de 1400 aC. E há quem defenda que Galle, uma cidade no sul do Sri Lanka, era o antigo porto de Társis, a partir da qual o rei Salomão disse ter obtido marfim, pavões e outros objectos de valor.

Alguns dos sítios a não perder em Colombo são a zona financeira ou Fort com as suas torres gémeas, hotéis e alguns edificios coloniais como o Cargills, o Ghaffoor e o Old Parlament.




Estudos recentes colocam a origem deste povo no norte da Índia. Uma das primeiras referências escritas à ilha encontra-se no épico indiano Ramayana, que descreve o imperador Ravana como monarca do poderoso reino de Lanka. Foi governado desde os tempos antigos por monarcas sobretudo da dinastia real Sinha que reinou durante mais de 2000 anos.

Em 1505, contudo, uma missão colonial portuguesa chegou à ilha liderada por Lourenço de Almeida e apropriou-se de parte do território litoral. Aos portugueses seguiram-se os holandeses no século XVII.
Embora grande parte das regiões costeiras da ilha tenham ficado sob o domínio das potências europeias, a região montanhosa do interior da ilha manteve-se independente, com a capital em Kandy.
Em 1796 os britânicos tomaram as regiões costeiras controladas pelos holandeses e em 1815 a anexação do reino de Kandy, unificou a ilha sob domínio britânico.

Um local a não perder é Galle Face Avenue com o seu enorme relvado em frente ao mar onde aos fins de semana e ao fim do dia se junta um sem número de pessoas e famílias.




Os colonizadores europeus estabeleceram uma série plantações de canela, açúcar, café, o cultivo de índigo seguido pelo chá e borracha plantações e minas de grafite. A cidade de Colombo foi desenvolvida como o centro administrativo e comercial com o coração no seu porto, e os ingleses estabeleceram escolas, colégios, ruas e igrejas que trazendo a educação, o estilo e a cultura ocidentais ao povo nativo.

Um hotel fabuloso em Colombo é o Galle Face Hotel, com o seu estilo colonial e localização privilegiada é sem dúvida um lugar mágico na cidade.




A entrada trabalhada é fabulosa...





Este hotel é o local ideal para tomar um chá ou aperitivo ao fim da tarde. Fez-me lembrar o Polana em Moçambique...





O aumento das queixas sobre a negação de direitos civis, maus tratos e abusos dos nativos pelas autoridades coloniais deu origem a uma luta pela independência na década de 1930. Durante a Segunda Guerra Mundial, a ilha serviu de base militar importante para os aliados. E em 1948, o país conquistou sua independência como o Domínio do Ceilão. A ilha manteve boas relações com o Reino Unido e teve a Marinha Real Britânica estacionada em Trincomalee até 1956. Em 1972, com a adaptação de uma nova Constituição, o país tornou-se uma república e mudou o seu nome para Sri Lanka. Permaneceu como membro da Comunidade Britânica de é um estado membro fundador da SAARC, membro das Nações Unidas, da Commonwealth of Nations, do G77 e Movimento dos Países Não-Alinhados.

Outros locais a visitar são o Gangaramaya Temple, Seema Malakaya e o Vihara Maha Devi Park.




Uma das coisas que eu e o Rui B. sentimos logo mal chegámos ao Sri Lanka, foi que tudo era muito limpo, achámos que estávamos no paraíso… Claro que têm ter em consideração que vínhamos da Índia onde estávamos a viajar à pelo menos 2 semanas, pelo que acho que qualquer coisa nos ia parecer o céu…






O Sri Lanka é composto diversos grupos étnicos: os cingaleses, cerca de 81,9% do total da população; os Tamil que representam 14% já incluindo os Tamil indianos que foram trazidos como trabalhadores contratados da Índia pelos colonizadores britânicos para trabalhar nas plantações e que estão concentrados no norte e leste da ilha e formam a maior minoria étnica; os Moors ou mouros com 8% e que traçam sua linhagem a comerciantes árabes e imigrantes do Médio Oriente; os Burghers ou burgueses (de descendência europeia mista); os cafres de origem africana; os malaios e os aborígenes Vedda.

Uma das consequências do movimento de independência é que foi muito um movimento da maioria cingalesa e foram tomadas algumas decisões geraram mau estar e posteriores conflitos em especial com os Tamil. Por exemplo, o leão amarelo da bandeira nacional vem da bandeira do último reino cingalês e a pequena fita de laranja da bandeira representa a população Tamil, isto é visto por muitos Tamil como um símbolo de sua marginalização. Outra polémica surgiu em 1956, quando uma lei ditou que o cingalês seria a única língua oficial do Sri Lanka, o que forçou os Tamil, que trabalhavam nos serviços públicos, e que não cumpriam a exigência da língua, a terem de renunciar aos seus empregos. O foco dos cingaleses era promover a independência da coroa britânica mas o impacto destas decisões na comunidade Tamil foi muito negativo.




Na sequência destas e outras razões, de 1983 a 2009, houve uma guerra civil intermitente contra o governo pelos Tigres de Libertação da Pátria Tamil (LTTE), organização separatista que lutava para criar um Estado independente nomeado Tamil Eelam, no norte e leste da ilha. O conflito originalmente de baixa intensidade evoluiu para um conflito sangrento e as acções deste grupo levaram-no inclusive a ser proscrito como uma organização terrorista por 32 países - os Tamil arrastaram outros países da região directamente para o conflito (atentados na Índia) ou indirectamente (apoio militar do Paquistão e China). Apesar de tudo isto esta guerra civil não resultou em qualquer alteração territorial ou constitucional, apenas na morte de 80.000-100.000 pessoas... Em Maio de 2009 (apenas 3 meses antes desta nossa viagem) o Presidente do Sri Lanka reivindicou o fim da insurgência e da derrota do LTTE, na sequência da morte do seu líder e muito outras cabeças do LTTE.

Devido ao conflito as forças armadas do Sri Lanka que se mantiveram num estado contínuo de mobilização nos últimos 30 anos continuavam, nesta altura em que visitámos o país, a assegurar a manutenção da tão recente paz. Como consequência de tudo isto eram constantes os postos de controlo militar ao longo das estradas dentro e fora da cidade.




A beleza natural do Sri Lanka deu-lhe o título de Pérola do Oceano Índico, o país está cheio de florestas tropicais, praias de areia branca e uma diversidade de paisagens e riqueza cultural únicas. Era isto que vinhamos visitar pelo que arranjámos um carro com guia motorista para descobrimos o país.




Assim após apanharmos o Rui R. no aeroporto, eu o Rui B. o Martim e o nosso guia seguimos viagem à larga num carro de nove lugares.

À semelhança da Índia também aqui o trânsito tem o que se lhe diga e vão-se encontrando algumas coisas com piada como este pendura da mota com os cachos de bananas e que esconde o condutor pelo que parece que é ele que vai a guiar...

Enquanto na Índia se vêem imensas vacas no caminho aqui vêm-se mais é cães, nomeadamente a dormirem no meio da estrada durante a noite...




O nosso primeiro destino era Sigiriya.

2. SIGIRIYA (Matale)

Neste país podemos visitar alguns locais arqueológicos notáveis, incluindo as ruínas de Sigiriya (Rocha Leão) também conhecida por “fortaleza no céu".

Sigiriya é uma antiga fortaleza e palácio localizado numa imensa rocha, rodeada pelos restos de uma extensa rede de jardins, represas e outras estruturas. A rocha é composta de magma endurecido resultante da erosão de um vulcão extinto. Ergue-se 370 m acima do nível do mar e acima da planície circundante sendo visível por quilómetros em todas as direcções. É impressionante.




A construção em Sigiriya atribui-se essencialmente ao reinado do Rei Kassapa I (477-495 ac), e é um dos sete locais do património mundial do Sri Lanka. É considerado um dos locais mais importantes de planeamento urbano do primeiro milénio e é muito elaborado e imaginativo.

O plano combina conceitos de simetria e assimetria intencionais de forma a conciliar a construção às formas geométricas e naturais dos arredores. Cinco portões foram colocados nas entradas. O portão ocidental mais elaborado pensa-se ter sido reservado à realeza.




Os jardins da cidade Sigiriya são dos aspectos mais relevantes do local, pois são dos mais antigos jardins do mundo. Estão divididos em três formas distintas, porém relacionadas entre si: jardins de água, jardins de pedra e jardins de terraço.

Os jardins de água contêm estruturas de retenção de água, incluindo a superfície sofisticada e sistemas hidráulicos que trabalham até hoje e podem ser vistos na parte central do recinto ocidental. Estes podem dividir-se também em três partes: A primeira consiste numa ilha cercada por água ligada à zona principal através de quatro viadutos, construído de acordo com uma tipologia antiga conhecida como Maad char, e é um sobreviventes mais antigos. A segunda parte contém duas longas, piscinas profundas em cada lado do caminho com dois viadutos serpenteados e rasos a dirigem-se a elas. Aqui também podemos ver fontes feitas placas de calcário circular e duas grandes ilhas em cada lado do jardim onde palácios de Verão foram construídos e outras duas a norte e sul. A terceira parte está situada a um nível mais elevado do que as outras duas e contém uma piscina grande, octogonal com um pódio na extremidade nordeste. A leste pode-se ver a antiga parede da cidadela.




Os jardins da água foram construídos de forma simétrica num eixo leste-oeste e estão ligados a um fosso exterior, a oeste, e a um grande lago artificial, a sul da rocha Sigiriya. Todas as piscinas estão interligadas através de uma rede de canalização subterrânea que é alimentada pelo lago e está conectada ao fosso.




Os jardins de pedra consistem em grandes pedregulhos ligados por caminhos sinuosos. Os jardins de pedra estendem-se de norte a sul nas colinas no sopé de Sigiriya.

Havia um edifício ou de pavilhão em cima da maioria destas rochas e há ainda estacas visíveis que foram utilizadas como apoios para paredes de tijolos e vigas. O salão de audiências do rei estava situado no jardim pedra, cujos restos são vistos na cúpula achatada e polida de uma pedra grande. Há também um trono de cinco metros de granito esculpido na pedra neste salão. Outra característica notável no jardim pedra é a rocha da cisterna. Um arco grande, criado por duas pedras, fornece acesso aos jardins de terraços.




Todos os jardins de Sigiriya são simplesmente fabulosos!




Os jardins de terraço são formados a partir da colina natural na base da rocha Sigiriya. Uma série de terraços, cada um levantando-se acima dos outros ligam os caminhos do jardim de pedra às escadas na rocha. Foram criados com a construção de paredes de tijolos, e estão localizadas num plano aproximadamente concêntrico ao redor da rocha. O caminho através dos jardins é formado por uma escadaria de pedra calcária. A partir desta escada, há um caminho coberto ao lado da rocha, que conduz ao terraço superior, onde a escadaria do leão está situada.

Mais umas bonitas cores que ficam na memória...




Mas antes de chegar à escadaria do leão temos de passar pela “parede espelho” . Originalmente, este muro foi tão bem polido que se dizia que o rei podia ver a si mesmo enquanto caminhava ao seu lado. Feita de uma espécie de porcelana, a parede está parcialmente coberta com versos rabiscados pelos visitantes, alguns datam do século VIII.

Junto à “parede espelho” temos umas escadas em espiral que conduzem aos frescos de Sigiriya. Pensa-se que a face de toda a colina pode ter sido uma gigantesca galeria de "fotografias" (existem referências de ter havido 500 senhoras nestas pinturas), constituindo a maior imagem do mundo numa área de 140 metros de comprimento por 40 de altura. No entanto, muitas perderam-se para sempre, algumas eliminadas quando o Palácio se tornou um Mosteiro para não perturbar a meditação dos momges.

Nos frescos as linhas são pintadas de uma forma que aumenta a sensação de volume das figuras - os traços amplos utilizando mais pressão de um lado dão o efeito de um tom de cor mais escuro para a borda.

Este não será o sítio ideal para quem tenha vertigens...




Sigiriya parece ter sido habitada em tempos pré-históricos. Foi usado como um mosteiro por volta do século V aC, com cavernas construídas e doadas por devotos à Sangha budista (comunidade budista).

Segundo as crónicas o complexo palaciano foi construído mais tarde pelo rei Kashyapa, um príncipe que roubou o trono do seu pai o rei Dhatusena. Kasyapa, filho do rei por uma consorte não-real, após matar o pai, usurpou o trono do herdeiro legítimo Moggallana, que fugiu para o sul da Índia para escapar de ser assassinado. Sabendo que o retorno de Mogallana que tinha jurado vingança, seria inevitável, Kasyapa mudou a capital e a residência real de Anuradhapura para Sigiriya onde se poderia defender mais facilmente.

A vista durante a subida é deslumbrante...




A maioria das construções elaboradas no cume da rocha e em torno dela, incluindo estruturas defensivas, palácios e jardins, datam desta periodo. Contudo, Moggallana que conseguiu criar um exército na Índia, com a intenção de voltar e retomar o trono do Sri Lanka que considerava seu por direito, voltou e declarou guerra a Kasyapa. Kasyapa acabou mesmo por ser derrotado em 495 por Moggallana. Uma das lendas diz que durante a batalha Kasyapa montado no seu elefante mudou de direcção de modo a ter uma vantagem estratégica, mas o exército entendeu o movimento como um sinal para recuar abandonou o rei completamente. Diz-se que antes de ser capturado Kasyapa tirou o punhal da cintura e cortou a garganta, levantou o punhal com orgulho e caiu morto.

Há pouco falava de vertigens mas aqui as coisas ficam mesmo más para que sofra deste mal... reparem nas escadas incrustadas na rocha.... ahaha quem se atreve a subir às costas do leão? Apenas os mais corajosos! ahah




Mas a vista vale a pena... para quem ousar olhar!




E não julguem que os perigos se singem apenas a uma escadaria ameaçadora... Na costas do leão há uns vespeiros gigantes! Não sei se os conseguem distinguir na rocha... mas eram mesmo enormes e havia imensos avisos para não se fazer barulho enquanto se sobia sob o risco de aborrecer as ditas... Agora digam lá se isto não é um pouco à Indiana Jones? ahaha




Mas continuando a história. Moggallana após reconquistar o reino mudou de novo a capital para Anuradapura, convertendo Sigiriya novamente num mosteiro budista que perdurou até o século XIII ou XIV. Após esse período e até aos séculos XVI e XVII quando foi usado como um posto avançado do Reino de Kandy, não foram encontrados mais registos. Quando o reino acabou com a anexação britânica, o complexo de Sigiriya foi abandonado novamente. Um pecado... os monges é que tinham bom gosto!




O topo da rocha tem uma série de ruínas de antigos palácios, piscinas e jardins. Ainda hoje em dia, sendo apenas um conjunto de ruínas tem uma beleza extraordinária. Na fotografia em baixo os Ruis e o Martin com um cão que nos acompanhou no passeio ehehe.




Alguns pormenores do topo de Sigiriya...




E claro está, também aqui não podiam faltar os nossos amigos macacos...




Saídos de Sigiriya seguimos viagem em direcção a Kandi. Parámos no caminho, por dois motivos, um deles porque o carro estava a perder água... parámos junto a uma casa de um senhor que logo se prontificou a ajudar. E depois (acho que até foi antes mas é irrelevante) num sítio onde vimos fruta à venda e onde, acreditem, comi a melhor manga que já provei na vida!




Nesta paragem também comprámos uns doces típicos que eram bem bons mas já não me lembro do que eram... e aproveitámos para dar comida a um macaco que eu achei girissimo pela forma como recebia a comida da nossa mão eheh




E assim com a carrinha a perder água ao fim do primeiro dia de viagem, lá seguimos já de noite para Kandy... sem comentários...


3. KANDY



Kandy මහ නුවර é o nome da cidade de Maha Nuvara ou Senkadagalapura que significa "grande cidade". Foi a última capital da era de antigos reis de Kandy, é uma das cidades mais bonitas do país.
Desenvolve-se em torno de dois espaços: uma praça alongada, no final da qual estão prédios administrativos da antiga capital, e um lago artificial de forma quadrangular. Um jardim público contribui para a abertura da organização espacial da cidade.

Se acordasse em Kandy sem saber onde estava, penso que iria achar que estava algures na europa...



Após a conquista das regiões costeiras pelos Portugueses, Kandy tornou-se a capital do reino remanescente. Várias invasões portuguesas, holandesas e depois inglesas foram sendo repelidas e Kandy permaneceu independente até o século XIX.


Em 1815, os ingleses finalmente conquistaram a cidade e foi assinado um tratado. Com este tratado, Kandy reconheceu o rei da Inglaterra como seu rei e tornou-se um protectorado britânico. O último rei do reino de Sri Vikrama Rajasinha foi capturado e levado como prisioneiro real pelos britânicos para o sul da Índia, juntamente com todos os possíveis pretendentes ao trono.



Em Kandy ficámos numa guest house de uma senhora cingalesa que tinha uma amiga com família em Portugal, imaginem! Sabia o nome da rua e tudo... teve piada, acho que ela e um dos Ruis conheciam uma pessoa em comum... quem disse que o mundo não era pequeno??

A dona da casa era absolutamente encantadora, mostrou-nos as fotografias da família e a casa maravilhosa cheia de riquezas coloniais muito bonitas. Foi uma delicia ouvi-la! Na fotografia a dona da casa está de encarnado e a amiga ao lado, de resto estou eu, os Ruis e o Martin em baixo que aproveitou a estadia para aprender uns segredos da culinária cingalesa com as nossas anfitriãs.




As ruas do centro da cidade...



O conjunto de monumentos mais famoso de Kandy é o que engloba o Royal Palace que abriga hoje o Museu Nacional de Kandy e o Sri Dalada Māligāva ou Templo da Relíquia do Dente pois é o lugar que abriga a Relíquia do dente de Buda. O Templo do Dente fazia parte do complexo do palácio devido à antiga tradição que afirmava que o monarca era o protector da relíquia.

Os jardins de acesso ao complexo são bem bonitos...


O templo é um dos mais sagrados locais de culto e peregrinação para os budistas ao redor do mundo e património mundial da UNESCO desde 1988. O Budismo chegou da Índia no século III aC, trazido por Bhikkhu Mahinda, que se acredita ter sido o filho do imperador Ashoka Maurya.

A parte exterior do templo...


A missão de Mahinda conquistou o monarca cingalês que abraçou a fé budista. Foi durante este tempo que foi trazida para o Sri Lanka, para Anuradhapura, uma muda da Árvore Bodhi sob a qual Buda alcançou a iluminação (já falei disto no Post da Índia). Nesta altura foram criados os primeiros mosteiros sob o patrocínio do rei do Sri Lanka que ajudou a propagar a fé pela população. O Cânone Pali (Thripitakaya), que tinha sido preservado como uma tradição oral, foi passado à escrita pela primeira vez no Sri Lanka, por volta do ano 30 ac. Este país, além de manter um grande número de escolas e mosteiros, e ter apoiado na propagação do budismo no Sudeste Asiático e tem mantido a tradição Theravada viva por mais de 2000 anos.

Os pormenores da contrução são fabulosos...




O templo está construído sobre uma base de granito, que foi inspirada nos templos da antiga capital, Anuradhapura. Uma matriz de materiais como o mármore, madeira esculpida, marfim, etc, contribuem para a riqueza deste templo.




O Sri Lanka foi classificado como o terceiro país mais religioso do mundo com 99% dos cingaleses a afirmarem que a religião é uma parte importante da sua vida diária. Sri Lanka tem uma população étnica e multi-religiosa. O Budismo constitui a fé religiosa de cerca de 70% da população da ilha, a maioria dos quais seguem a escola do budismo Theravada. O Hinduísmo é a religião de 15% dos habitantes, 8% são Islamitas por influência de comerciantes árabes. Outros 8% são Cristãos por influência dos colonos europeus e estão concentrados na facha costeira ocidental. Existem também alguns Zoroastrianos e Parsis que imigraram da Índia durante o domínio britânico.




Já que tenho falado sempre das religiões que refiro vou dedicar umas linhas a estas também. O zoroastrismo, é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia entre 1750 e 1000 ac pelo profeta Zaratustra ou Zoroastro que aos trinta anos, enquanto participava num ritual de purificação num rio, viu um ser de luz que se apresentou como sendo Vohu Manah ("Bom Pensamento") e que o conduziu até à presença de Ahura Mazda (Deus) e de outros cinco seres luminosos, os Amesha Spentas. Este foi o primeiro de uma série de encontros com Ahura Mazda, que lhe revelou a sua mensagem.
Esta religião é considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético.




De acordo com os historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Tem seus fundamentos fixados no Avesta (uma das mais antigas escrituras) e admite a existência de um dualismo, representando o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã), de cuja luta venceria o Bem. No final, Angra Mainyu será destruído e o bem triunfará. Alguns encaram o dualismo no plano interno de cada pessoa, como a escolha que cada um deve fazer entre o bem e o mal, entre uma mentalidade progressista e uma mentalidade retardatária.

O templo é lindissímo...




Os zoroastrianos acreditam que Zoroastro é um profeta de Deus, mas não é alvo de particular veneração. Eles acreditam que através dos seus ensinamentos os seres humanos podem aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça (asha). Também acreditam que o corpo humano é puro e não algo que deva ser rejeitado. Dizem que quando uma pessoa morre o seu espírito deixa o corpo num prazo de três dias e aí sim o seu cadáver torna-se impuro. Uma vez que a natureza é uma criação divina marcada pela pureza não se deve polui-la com um cadáver. Esta crença implicou que os cadáveres dos zoroastrianos não fossem enterrados, mas colocados ao ar livre para serem devorados por aves de rapina, em estruturas conhecidas como Torres do Silêncio (dokhma).




O zoroastrismo foi a religião oficial da região do actual Afeganistão e apesar da conversão da Pérsia ao Islão após a conquista dos árabes no século VII sobreviveu em algumas comunidades persas. No século X um grupo de zoroastrianos deixou a Pérsia e fixou-se na Índia onde estabeleceu uma comunidade local que recebeu o nome de "Parsi" (do termo persas) e que permanece naquele território até aos nossos dias. Esta comunidade zoroastriana foi influenciada pelas tradições locais e as suas particularidades levam a que se fale em Parsismo.



De um dos terraços temos uma vista sobre os jardins do complexo e é giro chegar à janela e ver um elefante tranquilamente ali mesmo ao lado no jardim.




Outro templo famoso de Kandy é o Templo Lankatilaka é considerado um dos melhores exemplos conservados da arquitectura tradicional de templos cingaleses. Construído sobre uma pedra, o templo é alcançado por uma longa série de degraus cortados na pedra.




A flor nacional do Sri Lanka é a Nymphaea Stellata, uma espécie de lotús linda, que se vê à venda em bonitos arranjos à porta dos templos!!




Deixámos o Martin em Kandy encantado com as dicas de culinária das nossas anfitriãs, o Martin era chef e andava a correr a ásia à procura de novos sabores e receitas...

Assim perdendo em companhia mas tendo ganho em espaço, ficámos com 8 lugares na carrinha para os 3 ehehe lá seguimos viagem...

Ah é verdade por esta altura tinhamos trocado de carro (mas continuava a ter 8 lugares) e de guia... achámos que os outros dois não inspiravam grande confiança...

4. NUWARAELIYA

Nuwaraeliya, නුවරඑළිය, é considerado o local mais importante para a produção do famoso chá do Sri Lanka ou Chá do Ceilão. Devido à altitude, Nuwara Eliya tem um clima muito mais fresco do que as planícies do Sri Lanka, com uma temperatura média anual de 16 ° C mas que pode chegar aos 3 ° C...

A paisagem é encantadora!



Muita gente não sabe bem o que é o Chá... A planta do chá (camellia sinensis) é uma espécie cujas folhas são usadas para produzir a bebida chá. A planta é um arbusto ou pequena árvore perene. As folhas contêm cerca de 4% cafeína e as flores são branco-amareladas. É uma planta subtropical mas pode ser cultivada em zonas tropicais em especial lugares com alguma altitude. De todo o chá produzido no mundo 50% vem da China e da Índia e 30% do Quénia, Turquia, Indonésia e Sri Lanka. Na Europa apenas é cultivado nos Açores mas uma percentagem ínfima.

Visitámos uma fábrica que produzia para a Glenloch para vermos o processo de produção e tivémos a possibilidade de experimentar vários chás deliciosos numa sala com uma vista fabulosa para o vale.



Mas falemos então um pouco da produção do chá... Em todas as regiões produtoras de chá, o cultivo é semelhante, utilizam-se em geral árvores podadas, para facilitar a colheita, e relativamente jovens, que são substituídas quando começam a perder produtividade, com cerca de 50 anos.

Todos os tipos de chá possuem praticamente as mesmas substâncias, porém em concentrações diferentes devido à idade das folhas apanhadas e aos variados processos de preparação que em conjunto determinam os diferentes tipos de chá. As folhas mais novas de um verde mais claro com uma marca branca atrás são supostamente as melhores. O processamento utilizado pode incluir oxidação, fermentação, e o contacto com outras ervas, especiarias e frutos. Cada variedade de chá adquire um sabor diferente dependendo destas características.




A Camellia sinensis é um arbusto sempre verde cujas folhas, depois de apanhadas se não forem logo secas, começam rapidamente a oxidar. As folhas ficam progressivamente escuras, assim que a clorofila se quebra. O processamento do chá consiste em parar o processo de oxidação num estado predeterminado removendo a água das folhas via aquecimento.

O chá é tradicionalmente classificado em quatro grupos principais baseados no grau de oxidação: 1.Chá branco: é feito de folhas muito jovens que são minimamente processadas para não sofrerem efeitos de oxidação, os botões podem estar escudados da luz do sol para prevenir a formação de clorofila, devem ser colhidas manualmente e apenas durante uma certa fase da vida da planta. O chá branco produz uma infusão delicada que a maioria das vezes retém uma doçura residual leve e é considerado o mais raro e mais caro. 2. Chá verde: com pouca oxidação que é parada pela aplicação de calor. Isto pode ser feito usando vapor que é um método tradicional japonês ou usando bandejas quentes que é um método tradicional chinês. O chá verde é mais rico em catequinas e têm antioxidantes. Um tipo especial de chá verde e com características diferentes e mais adocicado é o japonês Gyokuro, protegido do sol durante o cultivo. 3. Oolong: com mais oxidação que o chá verde mas menos que chá preto. 4. Chá preto: com uma oxidação substancial. A tradução literal da palavra chinesa é “chá vermelho”. Tem antioxidantes e contém uma maior variedade de flavonóides. O Darjeeling, o mais apreciado dos chás pretos outros famosos são o Assam o chá de Ceilão, e o chinês Keemun.




Todos os tipos de chá são vendidos como chás "simples", quando são uma única variedade, ou "misturas" (blends). O objetivo da elaboração de misturas é a obtenção de um sabor estável ao longo dos anos e conseguir um melhor preço. Numa mistura, o chá mais caro e mais saboroso pode encobrir o sabor inferior de um chá mais barato. Isto é feito naturalmente e de uma forma transparente, contudo nem tudo é legal e a adulteração e falsificação são problemas sérios no comércio global de chá.




Além das quatro variedades que referi acima, há ainda variações pouco comuns que não se podem enquadrar nos tipos acima referidos: 1.Pu-erh: é um chá oxidado e envelhecido (pode ter mais de 50 anos), diz-se ser duplamente fermentado, sendo a segunda fermentação resultado da acção de bactérias. Existe um método moderno de acelerar o envelhecimento natural que produz pu-erh de menor qualidade. O tradicional é colhido de árvores com dezenas de metros e centenas de anos, muitas delas selvagens e é conservado em formas prensadas em moldes. Este é o mais apreciado de todos os chás na China, sendo catalogado em função da qualidade das folhas e do ano de produção, tal como um bom vinho no ocidente e é o chá normalmente utilizado para a cerimónia de chá chinesa (Kung Fu Cha). Para preparar o chá usa-se água muito quente ou até a ferver (os tibetanos deixam-no a ferver durante a noite). 2. Chá amarelo: é usado para denominar um chá de alta qualidade servido na corte imperial, ou de um chá especial processado de forma similar ao chá verde, mas com uma fase de secagem mais demorada. 3. Chong Cha: literalmente "chá quente", esta espécie é feita a partir de sementes de botões de chá em vez de folhas. É usado na medicina chinesa para lidar com o calor do verão bem como para tratar sintomas de gripe. 4. Kukicha ou chá de inverno: é feito de galhos e folhas velhas podadas da planta de chá durante a época dormente e é tostado a seco sob o fogo. É popular na medicina tradicional japonesa e na dieta macrobiótica. 5. Lapsang Souchong: é um chá preto fumado, isto é, secado usando fogueiras de pinho. 6. Chá Rize: é um chá preto forte, produzido na Turquia, com um sabor distinto e preparação específica, incluindo pré-aquecimento, é servido com açúcar.

Além destas divisões existem outro termos que designam sub-tipos de chá relacionados com a qualidade e tamanho das folhas dos caules ou do pó de chá. É o caso do pekoe ou B.P. - broken pekoe (sub-tipos de chá preto).




Há vários chás que contêm aditivos e/ou processamentos diferentes das variedades "puras". O chá tem a capacidade de adquirir qualquer aroma facilmente, o que pode trazer problemas no processamento, no transporte, ou na sua armazenagem, mas essa capacidade também é aproveitada vantajosamente para preparar chás aromatizados. O chá de jasmim por exemplo é feito misturando flores de jasmim às folhas de chá durante a oxidação. Muitas outras flores, como a rosa e outras flores perfumadas, são usadas como aromatizantes do chá na China. O chá Earl Grey é geralmente uma mistura de chás pretos, com adição de essência de bergamota (fruto da família dos cítricos originário de Itália). Chás com especiarias, tais como o indiano massala chai, aromatizados com especiarias tais como o gengibre, o cardamomo, a canela, a pimenta preta, o cravo-da-Índia, o louro indiano e por vezes a noz-moscada são comuns no sul da Ásia e no Médio Oriente. O chá Touareg é um chá verde forte com hortelã, típico dos países do norte de África e Médio Oriente. O Jagertee é chá com adição de rum.

Enquanto seguimos caminho continuarei a falar um pouco mais de chá... nós pelo nosso lado iamos bebendo um óptimo chá que trouxemos para a viagem...



Mas erradamente fala-se em chá quando se referem alguns substitutos do chá. Infusões de outras plantas também são às vezes chamadas de "chá" e utilizadas em substituição deste: 1.Erva-mate é um arbusto cultivado principalmente na Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. 2. Rooibos (Red Bush) é uma planta avermelhada, originária da África do Sul que faz uma infusão semelhante ao chá preto.
3. Honeybush, relacionada com o rooibos mas mais doce, cresce também na África do Sul.
4. Chás de ervas é o termo geral para todas as infusões feitas a partir de diferentes partes de plantas como o chá de camomila, de erva-cidreira, de tília, príncipe, de menta, etc. Estas infusões podem ter ou não chá na mistura das ervas e consequentemente teína ou não.

Bonita a paisagem, não era?




Historicamente, a origem do chá como erva medicinal útil para se manter desperto não é clara. O uso do chá, enquanto bebida social data, pelo menos, da época da dinastia Tang. Os primeiros europeus a contactar com o chá foram os Portugueses que chegaram ao Japão em 1560. Em breve a Europa começou a importar as folhas, tendo-se a bebida tornado rapidamente popular, especialmente entre as classes mais abastadas na França e Holanda. O uso do chá na Inglaterra por volta de 1660 é atribuído a Catarina de Bragança, princesa portuguesa que casou com Carlos II da Inglaterra, e que patrocinava "Tea Parties”. O seu consumo foi crescendo desde o final do século XVII, sendo que era bebido a qualquer hora do dia até o início do século XIX, quando a tradição “chá das cinco” foi instituída pela 7ª Duquesa de Bedford, em Londres.

O carácter chinês para chá é 茶, mas tem duas formas completamente distintas de se pronunciar. Uma é 'te' que vem da palavra malaia outra é usada em cantonês e mandarim, que soa como cha e significa 'apanhar, colher'. Esta duplicidade fez com que o nome do chá nas línguas não chinesas se dividisse em dois grupos: Línguas que usam derivados da palavra Te: alemão, inglês, dinamarquês, hebraico, húngaro, finlandês, indonésio, italiano, letão, tamil, sinhala, francês, holandês, espanhol, arménio e latim científico; e Línguas que usam derivados da palavra Cha: hindi, japonês, português, persa, albanês, checo, russo, turco, tibetano, árabe, vietnamita, coreano, tailandês, grego, romeno, swahili, croata.

Estudos sugerem que o chá tem muitas propriedades benéficas importantes. Contém sais minerais, flúor, catequinas, flavonóides, teofilina, cafeína, vitaminas em percentagens mínimas, etc E diz-se que é anticancerígeno, aumenta o metabolismo, ajuda o sistema imunológico, diminui o stress… É no entanto o excesso de consumo, ou o consumo de chá mal conservado ou mal preparado, têm também efeitos negativos para a saúde.

Agora que esta paisagem fazia bem à saúde não tenham dúvidas...


O Cingalês é a principal língua do Sri Lanka mas Inglês fluente é falado por cerca de 10% da população, e é amplamente utilizada para fins educativos, científicos e comerciais. Membros da comunidade Burgher falam formas variantes de Português e crioulo holandês, e os malaios falam uma espécie de crioulo malaio.

Durante esta parte da viagem eu e o Rui B (o Rui R. tinha aproveitado para dormir). cansámos o guia na tentativa de descobrir palavras que fossem iguais em Português e Cingalês e ainda descobrimos umas tantas... Diziamos uma palavra em inglês e o guia repetia em cingalês e era uma festa quando o ouviamos dizer vidro, sapatos, lenço ou algo do estilo... ainda acertámos numa boa quantidade de palavras ( o truque foi referir coisas que achássmeos que os cingaleses tinham visto pela primeira vez com os colonialistas)... agora imaginem é a paciência do guia para nos aturar...

Um outro exemplo da nossa influência no Sri lanka é um tipo muito popular de música do país que se chama o Baila, uma espécie de música de dança que se originou a partir de músicas portuguesas introduzidas na ilha na época colonial... eheh

5. ELLA (Badulla)

Ella é uma aldeia pequena e bonita numa colina com pouco mais do que um punhado de lojas, hotéis e pousadas, e do ponto de vista cénico oferece vistas brutais. Como se ver não bastasse, Ella está cercada por montanhas perfeitas para passeios...

Ficámos numa guest house com uma vista espantosa para o vale!



Não acreditam? Então julguem pelas fotografias....



Até recentemente a maioria de cingaleses, em especial os das aldeias, tem mantido uma série de tradições desde a gastronomia, aos ofícios às artes mas o crescimento económico tem produzindo alterações que podem ser identificadas como progresso, ocidentalização mas ainda como uma perda de identidade. Será que podemos dizer que este pequeno almoço é um exemplo disso? eheh Fosse ou não fosse era óptimo e as nossas caras também felizes depois da refeição não me deixam mentir... eheh



Este país-ilha é constituído principalmente por planícies costeiras tem montanhas nesta região centro-sul que se elevam até aos 2.524 metros ponto mais alto Pidurutalagala, atingindo 2.524 metros acima do nível do mar... É um local ideal para Trekking! E foi mesmo isso que fizemos!



O Sri Lanka é um país muito verde! Entre as árvores que encontramos no Sri Lanka estão as acácias, muitas palmeiras e algumas espécies valiosas, tais como ébano, pau-ferro, mogno e teca. Na zona mais húmida, a vegetação predominante é típica da floresta tropical com árvores altas, folhagem larga, e uma densa vegetação rasteira de cipós. Nas maiores altitudes como nesta região florescem florestas verdes subtropicais que se assemelham às de clima temperado.

Olhem e deliciem-se...




O guia que nos acompanhou neste passeio ( um guia local), durante o caminho mostrou-nos uma planta que deixa uma espécie de tatuagem quando encostada à pele; umas sementes óptimas fara fazer colares e outros enfeites;  uma flor que parecia feita de açucar ou massa-pão, as plantas “não me toque” de nome dormideira ou sensitiva (Mimosa pudica L.). O nome é devido à forma como os folíolos das folhas se juntam quando é tocada ou exposta ao calor (sismonastia). Mostrou-nos mais algumas curiosidades como umas pedras estranhas meio brilhantes e estilo xisto compostas de finas camadas...



Fotografei uma moscadeira (Myristica fragans). A Noz-moscada é usada como especiaria usada na culinária mas o consumo de uma noz-moscada inteira ou 5 g do seu pó, podem produzir efeitos de intoxicação como: alucinações auditivas e visuais, descontrole motor e despersonalização… Outra árvore que se vê por ali é a Bael com os seus frutos os marmelos Aegle que são duros como os cocos e por dentro são uma espécie uma laranja fibrosa grossa amarela, muito aromática com gosto próximo ao pêssego com traços de mamão e banana. É costume das frutas fazer um sumo ao que junta sumo de limão. Também fotografei uma plantas de chá e outras de café e o guia deu-me alguns frutos... Originalmente tentou produzir-se café no Sri Lanka mas as culturas perderam-se devido a uma doença "ferrugem do café" originada por um fungo... e começou-se a produzir chá em alternativa.



As paisagens falam por si...



E a imensidão à nossa volta também...




A nossa coragem também fala por nós... nenhum tinha vertigens seguramente... vejam esta rocha para onde descemos com uma vista privilegiada sobre um grande precipício...




Tivemos uma sorte enorme porque durante o passeio passámos por um casamento hindu e fomos convidados a assistir... imaginem a possibilidade de presenciarmos tal cerimónia!

Sendo assim vou falr um pouco de como é preparado e celebrado um casamento hindu.

Um casamento hindu une duas pessoas para a vida, para que eles possam prosseguir o dharma (dever), Artha (posses), kama (desejos físicos), e moksa (libertação espiritual final) juntos. Também une as duas famílias. O casamento deve ser considerado uma responsabilidade ao longo da vida social e espiritual e é uma oportunidade para duas pessoas a evoluírem de parceiros de vida a almas gémeas.

Tradicionalmente, os pais procuram pelo parceiro ideal para o seu filho ou filha dentro da sua própria comunidade daí falar-se em casamento arranjado. Os pais também seguem o conselho do brâmane chamado 'panthulu' que conhece bem a comunidade e os jovens disponíveis. O uso de jathakam (carta astrológica no momento do nascimento) do filho ou filha para determinar a compatibilidade do casal é comum, mas não obrigatória. Se for usado o valor de pontos comuns terá de ser no máximo 36 e no mínimo 18... Qualquer combinação com menos de 18 pontos não é considerada como auspiciosa para um relacionamento harmonioso. Aos futuros noivos é dada a oportunidade de conversarem num local combinado durante 15 minutos a uma hora. Se houver acordo é escolhido um momento auspicioso para o casamento.

Fomos convidados a entrar na sala onde a noiva se estava a arranjar. Aqui vimos a noiva a ser vestida pelas suas damas de honor, serão irmãs ou outras familiares e amigas...




Todos os rituais de casamento variam de acordo com as tradições da família. As cerimónias de pré-casamento incluem: o compromisso ou noivado envolvendo vagdana ou acordo verbal e lagna-patra declaração escrita; o Barni Bandhwana: uma puja ao Lord Ganesh (o removedor de obstáculos); o Mayara: uma cerimónia em que os tios maternos oferecem presentes à mãe da noiva; o Sangeet Sandhya: uma noite de entretenimento musical 2 ou 3 dias antes do casamento, que é organizado pela família da noiva para os noivos; Tilak: os membros masculinos da família da noiva desenham um tilak na testa do noivo com pó Kumkum vermelho açafrão; o Mehendi Lagwana em que Henna amarela é aplicada nas mãos da noiva e os pés. A Henna é uma tinta extraída da planta com o mesmo nome e que é usada entre outras coisas para tatuagens temporárias. Na mão direita é deixada uma mancha redonda sem pintura.

Confesso que acho estas tatuagens um horror, quando estive no Nepal e na Índia quiseram-me fazer... o que seria.... eheheh A sério, acho que parecem tatuagens desbotadas...




Os hindus atribuem grande importância ao casamento, e as cerimónias são muito coloridas e podem se estender por vários dias. São tradicionalmente realizadas, pelo menos parcialmente, em sânscrito, a língua da maioria das cerimónias sagradas hindus.

Já no local da cerimónia com os convidados e noivo que aguardava a noiva...



O ritual propriamente dito começa com o Barat Nikasi: Uma procissão de casamento com sai para o local do casamento num cavalo ou elefante decorado. O noivo está vestido com uma Sherwani (jaqueta longa) e churidars (calças) e usa um sehra (turbante). Os familiares aplicam o tilak cerimonial na sua testa e a sua irmã alimenta o cavalo ou elefante com grãos doces. Ao chegar ao local do casamento, o noivo é recebido por uma música de boas-vindas chamada talota. Então o noivo bate na porta com sua espada e entra. Segue-se o Aarti: o noivo e o seu grupo são recebidos pela família da noiva à entrada do local do casamento. A mãe da noiva congratula-se com o noivo, executando as aarti (ritual tradicional indiano de boas-vindas com uma lâmpada ou diya colocado numa bandeja ou thali) para acolher o seu novo filho e coloca-lhe uma tilak na testa.

Nessa altura passamos ao Mala var / Jai Mala: o noivo é levado a um pequeno palco, conhecido como mandap, onde é recebido pela família da noiva. O tio materno, irmão ou melhores amigos trazem a noiva para o palco. A noiva e o noivo são entregues grinaldas, enquanto o sacerdote canta hinos religiosos. Em seguida, o noivo e a noiva trocam as grinaldas o que significa a sua aceitação do outro como marido e mulher. Depois, a mãe da noiva tira as medidas do peito do noivo e bate-lhe no peito para ter a certeza de que ele é suficientemente resistente para defender a sua filha e coloca o kajal (tinta preta) à volta dos olhos, no noivo para afastar os maus espíritos. São recitados os mangalashtakas e depois é removido o antarpat que é um longo pedaço de tecido que separa os noivos e os noivos oferecem-no um ao outro como uma grinalda.




O Kanya Daan: é um ritual realizado pelo pai da noiva. O pai derrama água sagrada que simboliza o dar a sua filha ao noivo. O noivo recita hinos védicos de Kama, o deus do amor, pedindo puro amor e bênçãos. As irmãs da noiva, em seguida, roubam os sapatos do noivo e pedem dinheiro para os devolverem. Este é um sinal de lealdade do noivo. Como condição para a oferta de sua filha para o casamento, o pai da noiva pede ao noivo uma promessa que é a de auxiliar a noiva na realização dos três fins: artha dharma, e kama. O noivo faz a promessa que repete três vezes. Os pais da noiva colocam a mão direita da noiva sobre a mão direita do noivo e colocam as suas mãos esquerdas em baixo e as direitas em cima, ouro, noz de pimenteira betel, flores e um pouco de frutas são colocadas sob a mão da noiva. É neste ponto que o objectivo do Kanyadaan é claramente afirmado e os nomes dos pais e avós de ambos os lados são referidos. O casamento não pode legalmente prosseguir sem esta etapa Kanyadaan em que os pais da noiva concordam com o casamento.



Num casamento hindu, a noiva e o noivo casam-se entre si, não é o sacerdote a declará-los casados. O noivo deve ver a noiva como um dom precioso dado pelo próprio Deus, e a noiva deve vê-lo como o próprio Deus, sem esse voto ela não é considerada casada. Agni, os deuses e os convidados são as testemunhas. A cerimónia continua com o Panigrahana Hathlewa: os noivos são conduzidos ao mandup com com as mãos amarradas. O padre faz uma puja para Ganesh e, em seguida, coloca uma moeda na mão direita da noiva (onde não foi colocado mehendi). Segue-se o Gathabandhan, o sacerdote ata o fim do dhoti ou kurta do noivo ao sari da noiva, o nó das roupas significa o casamento sagrado. Passa-se então para a parte mais importante do casamento a Laja Homa: um casamento hindu é essencialmente uma yajna védica (um sacrifício de fogo), em que a divindade do fogo Agni é chamada. Tem origem na antiga cerimónia de cimentar os laços de amizade / alianças embora hoje só sobreviva no contexto do casamento. Nenhum casamento hindu é considerado completo sem a presença do Fogo Sagrado e sem que os noivos dêem sete voltas à volta dele fazendo de Agni testemunha dos sete votos para a vida de casal que anunciarem, só depois disso é que são considerados casados.




O casamento termina com o Vidaai ou rukhsati: quando a noiva deixa a casa dos pais dela para seguir com o seu marido. A família e amigos cobrem-na de bênçãos e dons numa despedida chorosa. Os membros masculinos da família da noiva despedem-se do noivo, aplicando o tilak tradicional na testa e cobrindo-o com presentes.




As cerimónias de pós-casamento envolvem também o Darshan: após o casamento o casal visita um templo, de preferência de Rama e Sita (consorte de Rama), pedindo-lhe a sua bênção e seguem para casa do noivo; outro ritual é o Dwar-Rokai: os noivos são parados à entrada da casa por uma irmã ou tia do noivo que usa uma mistura de sal e água para afastar os maus espíritos e atira o pote que tinha a água ao chão destruindo-o. O casal entra em casa e são dadas as boas vindas à noiva. Segue-se o Griha Pravesh: a mãe do noivo acolhe-a com a Aarti tradicional, ela coloca o pé direito numa bandeja de pó encarnado misturado em água ou leite, que simboliza a chegada de boa sorte e pureza. Com ambos os pés cobertos na pasta de pó, chuta um vaso cheio de arroz e moedas para indicar a chegada de fertilidade e riqueza à casa. Outro ritual é o Mooh Dikhai: a família do marido dedica-se a uma série de jogos e rituais de modo a fazer com que a noiva se sinta confortável, bem-vinda e se familiarize com os membros da família do novo. Um desses jogos é o Dikhai Mooh, que literalmente significa "mostrar o seu rosto". Em alguns casos ainda há o Pheri: o casal volta para casa dos pais da noiva, no dia após o casamento, geralmente para um pequeno-almoço e chá da tarde. O noivo é apresentado ao lado da noiva, da família e amigos. No período entre o noivado e o casamento, é considerado má sorte o noivo visitar a casa da noiva, assim o Pheri marca o início da integração social do noivo ao lado da família da noiva.




Os casamentos hindus modernos são mais curtos e não envolvem todos os rituais da cerimónia tradicional, que pode durar cinco dias. Em vez disso são escolhidos pela família da noiva e do noivo apenas alguns rituais em função da sua tradição de família, casta, etc.




Após o casamento seguimos caminho em direcção ao carro, pelo caminho encontrámos uns miúdos engraçados que se divertiram a ser completamente baloiçados pelos Ruis...




E após esta pausa despedimo-nos dos miúdos e do guia do passeio que era uma simpatia com uma fotografia...




Seguimos caminho mas não sem antes do guia que nos conduziu durante os dias que estivemos no Sri Lanka, parar num santuário para fazer as suas oferendas e pedidos, juntámo-nos a ele pedindo por uma boa viagem e bom tempo... ahah Pelo caminho encontrámos tanto templos e santuários hindus como santuários cristãos com a imagem de Maria...




Como dizia seguimos viagem pelas estreitas estradas de montanha rodeados por uma imensidão de verde...




Fomos fazendo umas paragens... para tirar fotografias...




... ou para comer e beber...




E seguimos em direcção a sul.

6. HAMBANTOTA

O distrito de Hambantota, localizado no extremo sul da ilha é conhecido como o lar de alguns dos maiores santuários da vida selvagem do país...




... e possui a possuir algumas das praias mais bonitas do Sri Lanka.




As melhores temporadas no Sri Lanka são de Dezembro a Março para a costa oeste, para o litoral sul e para a região montanhosa, e de Abril a Setembro para a região e antigas cidades da costa leste... Assim, esta altura do ano não era a melhor para banhos por estas zonas...

De qualquer forma deixo a recomendação que me deixou o Tom de que vos falei no Tibete, que é de que vale muito a pena correr as praias do sudoeste do país e fazer a viagem de comboio desde colombo até às praias ou vice-versa... deve ser parecida com a viagem que se faz no Vietname, desde Hué até Danang...




O guia levou-nos a uma guest house de um conhecido dele que ficava próxima da praia e almoçámos um peixe grelhado que estava divinal!




A guest house era engraçada mas marés vivas não era a nossa ideia de férias de praia e portanto, apesar da óptima fama das praias do sul do país, não iamos ficar...




A nossa ideia foi visitarmos o Yala National Park e seguirmos para as praias do leste...

O Yala National Park é o parque natural mais visitado e o segundo maior do Sri Lanka. Está situado na região sudeste do país e tem uma das maiores densidades de leopardo no mundo. Infelizmente não enontrámos nenhum... mas foi interessante relembrar os tempos dos safaris em África... a paisagem é assustadoramente semelhante...




Como dizia não vimos leopardos mas não faltaram outros exemplos de vida animal.. com um olhar atento poderão encontrar um animal em cada uma das fotografias que se seguem... onde está o wally? eheh




Pois é um olhar mais desatento vê possivelmente, apenas a bela paisagem...




Mas um olhar mais apurado... consegue ver muito mais...




Mas este bonito parque guarda uma história bem trágica... O tsunami no Oceano Índico de 2004, que matou mais de 200.000 pessoas, atingiu as costas do Leste e Sul do Sri Lanka 1h e 30m após a sua génese e provocou cerca de 30.000 mortes no país, este parque foi uma das regiões afectadas. O tsunami provocou muita destruição no parque onde morreram 250 pessoas em especial turistas. A água atingiu uma área de um quilómetro para o interior do parque... Um memorial marca o local e a altura das ondas.




... e se conseguirmos ver para lá do fabulosa paisagem... ainda conseguimos ver algumas marcas da destruição...




Um dos hotéis do parque, o Yala Safari Hotel que no momento do incidente tinha cerca de 150 turistas estrangeiros e locais ficou completamente destruído. Um funcionário do hotel que conseguiu escapar, disse que cerca de 50 pessoas se tinham conseguido salvar, fugindo das zonas de perigo ou subindo às árvores, mas que cerca de 100 outras tinham desaparecido.  Antes do desastre havia mais de 100 jipes no parque e apenas cerca de 50 deles saíram. Dez veículos que transportavam turistas ficaram completamente destruídos e as suas peças foram encontradas espalhadas pelo parque...

Foi chocante estar ali no exacto local onde alguns chalés de praia foram completamente destruidos em segundos... e onde morreram várias famílas. O local é lindo mas é impossivel não nos deixarmos tocar pela tragédia que ali aconteceu e que as ruínas tão cruas, não deixam esquecer.




O principal mecanismo de geração (ou causas) de um tsunami é o deslocamento de um volume considerável de água geralmente atribuído a terramotos, deslizamentos de terra, erupções vulcânicas, ou, mais raramente, por meteoritos e as testes nucleares. Os Tsunamis têm uma pequena amplitude (altura de onda) no mar, e um comprimento de onda muito longos (muitas vezes centenas de quilómetros de comprimento), motivo pelo qual passam despercebidos no alto mar, formando apenas uma ligeira ondulação. Eles crescem em altura quando atingem águas mais rasas, num processo de empolamento da onda descrita abaixo e relacionado com a redução da velocidade com que a massa aquática atinge a costa.

Por vezes o primeiro sinal de um tsunami não é uma onda mas sim o recuo repentino da água expondo áreas normalmente submersas por vezes até centenas de metros e as pessoas inconscientes do perigo, por vezes, permanecem perto da costa para satisfazer sua curiosidade ou para apanhar os peixes expostos, só pode sobreviver se correr imediatamente para a terra de alta ou procurar os andares superiores de edifícios próximos. Este recuo acontece pois por vezes a primeiro impacto do deslocamento da crosta empurra a água no sentido oposto à costa.

Factores naturais como árvores no litoral podem atenuar os efeitos do tsunami. Alguns locais no caminho do tsunami escaparam quase ilesos porque as árvores absorveram parte da energia do tsunami. Também se tem investido em sistemas de aviso, os mais bem sucedidos utilizam sensores de pressão de fundo em bóias. Os sensores monitoram constantemente a pressão da coluna de água sobrejacente.



Mas deixando as coisas tristes continuemos o nosso passeio que já está quase a ficar noite. Continuem sempre à procura do que pode parecer não existir no horizonte...




E não deixem de reparar no céu e nas magníficas cores que ocasionalmente nos oferece...




Acabando a visita ao parque e para pouparmos tempo decidimos seguir logo caminho em direcção a Tricomale, no que acabou por ser uma noite inteira de viagem... eu que o diga porque a ideia foi minha e para os convencer a passar a noite em viagem até entrei por dentro de um quiosque de crepes para lhe preparar uns crepes numa versão mais europeia... com açucar e limão eheheh Logo eu que em casa nem frito um ovo... imagino que ficou intragável mas eles disfarçaram bem... ehhe




Apesar de não faltar espaço para nos deitarmos, achei que devia manter-me acordada e fazer companhia ao motorista para ele aguentar bem a viagem. Estou bastante habituada a fazer viagens de noite, o pai quando eramos pequenas preferia fazer as viagens de noite, em especial quando íamos para o algarve (tinhamos uma casa de férias em vilamoura e naquela altura chegar ao algarve demorava bastantes horas), o irmos de noite era uma maneira de nós (eu e a minha irmã, em especial eu a mais nova) dormirmos durante a viagem (eu acordada de 30 em 30 minutos perguntava quantos kms faltavam e depois quantas horas era isso... eheh) e de apanharmos menos trânsito e perigos na estrada... Por isso habituei-me desde cedo a achar que andar em estrada de carro à noite é normalíssimo e não tenho grandes stresses em viagens noturnas, mesmo nestes países em que as estradas são mais perigosas. Até pelo contrário, e a minha teoria confirmou-se, porque, apesar de termos de ir com bastante cuidado porque passávamos por muita gente a andar no meio da estrada sem qualquer sinalização e por animais a dormirem no meio do caminho, apanhámos muito pouco movimento o que nos deu mais rapidez e diminuiu o perigo de ultrapassagens, quer nossas quer dos que viajavam em sentido contrário...

7. TRINCOMALEE

Trincomalee ou Thrikūṇamaḷaya, (Tamil: திருகோணமலை Sinhala: ත්රිකුණාමලය ) é uma cidade portuária na costa leste do Sri Lanka construída sobre uma península que divide os portos interiores e exteriores. A baía do porto de Trincomalee é conhecida pela sua grande dimensão e de segurança. É um dos principais centros de cultura de língua tamil na ilha. As praias são boas para o surf, mergulho, pesca e observação de baleias.

A nossa ideia de irmos para Trincomale era de passarmos uns dias mais sossegados de praia. Chegámos de manhã depois de uma noite de viagem e a primeira reacção foi ficarmos no primeiro hotel que encontrassemos, mas como ainda iamos passar ali uns dias, apesar de nos ter custado, ainda vimos uns 2 ou 3 hotéis antes de decidirmos... Lá escolhemos o que nos pareceu melhor e assim começaram as nossas férias dentro das férias...




Soube bem tirarmos uns dias de "dolce fare niente", para variar... pelo menos da minha parte andava em stress há bastantes meses e mesmo em férias ainda não tinha parado grande coisa...




Assim passámos uns belos dias entre banhos de mar e de sol, e passeios pela praia.




A comida do hotel era bastante boa, em especial o doce de custard, que é do que me lembro melhor eheh e o peixe seria com certeza fresco, não havia por que não afinal pescadores era algo que não faltava por aquelas bandas... bastava andarmos uns minutos para fora da praia do hotel e começavamos logo a encontrar  gente entretida a pescar, a separar peixe, a arranjar redes...




... mas se andássemos um pouco mais, não era só isso que encontrávamos na praia...




Foi uma altura como dizia de descanso de boas conversas e de algumas leituras e de sonos mais longos... a não ser quando o Rui R. decidiu acordar toda a gente para vermos o nascer do sol da varanda do chalé. Não sei se te chamei nomes na altura (estou a brincar eheh) mas valeu a pena!




Mas já sabem que não somos meninos e menina de ficarmos fechados num resort... por isso depois de uns dias de descanso dado ao motorista guia decidimos ir à cidade... pelo caminho fizemos uma paragem para provar uma bebida da região... era uma espécie de bebida alcoolica fabricada em casa... estilo uma que já tinha provado em Moçambique quando estive no lago niassa... e com um ar igualmente apetecível... ehehe




A praia da cidade era bem bonita com a água azul turquesa...




Não há assim muito para ver na cidade, mas no topo de Swami Rock, um promontório rochoso com vista para o porto de Trincomalee, podemos visitar um antigo forte e templo hindu.

O Fort Fredrick é um forte construído pelos Portugueses em 1624. Foi construído a partir das ruínas de um antigo templo hindu Koṇēsvaram que foi destruído pelos Portugueses e foi capturado por uma frota holandesa em 1639. Em 1672, foi atacado e capturado pelos franceses e em 1795 foi tomado pelos britânicos, e permaneceu uma guarnição britânica até 1948. Foram adicionadas armas de artilharia costeira durante as duas guerras mundiais. Hoje em dia está acessível aos visitantes mas continua a ser ocupado por um destacamento do exército de Sri Lanka...

A vista é soberba!




O Templo Koṇēsvaram (Templo de um Mil Colunas) foi reconstruído e a entrada faz-se pela estrada principal de acesso ao forte. Diz-se que no seu apogeu, tinha um tamanho considerável e era anunciado como um dos templos mais ricos e visitados da Ásia. Tem um emblema com dois peixes com uma profecia gravada que diz que depois do séc XVI, os ocidentais, com diferentes cores de olhos iam governar o país por 500 anos e, no final o poder iria voltar para os Vadugus, parece que tinham razão...




O templo segundo entendi é visitado por mulheres ou casais que querem ter filhos, ou era isso ou era casar, já não me lembro mas acho mesmo que era ter filhos... como não estava compradora já não me lembro bem... eheh ( já devem ter reparado que ao longo das ultimas narrativas em especial esta e a da índia digo várias vezes que não me recordo... é que pela força das circunstancias já estou a escrever este post com mais de um ano sobre a viagem...). Essas mulheres deixavam atadas numa árvore junto à encosta fitas representativas desse pedido aos deuses... mas acho que também deixava uma espécie de gaiolas de madeira, seria a imitar berços? Não me lembro mesmo!




Não havendo mais para ver na cidade decidimos num outro passeio ir a uma ilhota ao largo da costa...




A ilhota fez-me lembrar uma ilhota que existe em moçambique ao pé de inhaca, diria que é o máximo mas estava gente a mais para o meu gosto ehehe...

Disseram-nos que depois do tsunami tinha aparecido na costa uma imensidão de coral partido que deve ter sido destruído nessa altura...




Nessa vez que fomos à ilhota apanhamos o barco num resort vizinho do nosso e quando regressámos ficámos um bocado no bar à conversa com uns espanhois que conhecemos por ali.




Eu que tenho de andar sempre de um lado para o outro, quando vi que os Ruis iam começar a contar uma história da China que já conhecia aproveitei para dar uma volta por ali.




Aproveitei para ser um pouco voyeurista e estive entretida a ver uns monges divertidos a tomar banho... é engraçado encontrar monges e freiras nas praias eheh pode não ter nada de especial mas nunca tinha visto... eheh estupidezes...



Também achei graça ver as indianas a tomarem banho com os saris...

E estava eu perdida em pensamentos a gozar a paz e o silêncio e vem alguém meter conversa, na Índia é muito costume e aqui pelos vistos também... eheh Quebrado o silêncio lá deixei de ser anti-social e juntei-me aos meus queridos amigos mesmo a tempo de ouvir apenas o fim da história ahahah




Saímos de Trincomale já mais descansados e mais bronzeados em direcção a sudoeste, o nosso próximo destino era se não me engano Colombo penso que lá tinhamos de ir tratar de qualquer coisa do passaporte do Rui B. e dali iriamos seguir para um sítio que o Tom (de quem já falei acima e também no post do Tibete) me tinha aconselhado, um orfanato de elefantes...

Mas para irmos aguçando o apetite fomos encontrando alguns elefantes pelo caminho... alguns na estrada ou não estivessemos na Ásia... quantos podem dizer que foram ultrapassados por um elefante enquanto circulavam calmamente numa estrada principal?




Mas não era só na estrada que viamos elefantes, nesta região há imenso elefantes selvagens e inclusive alguns relatos de ataques a locais que por algum motivo se meteram no seu caminho...

Olhem com atenção para a primeira fotografia...




Adorámos o Sri Lanka, e sei que falo por todos, o país é muito bonito. Não acreditam? Vejam...




Ainda não estão convencidos?





8. PINNAWALA ORFANATO DE ELEFANTES (Kegalle)

O orfanato foi fundado originalmente para pagar os cuidados e protecção a muitos elefantes órfãos encontrados na selva. O objectivo do orfanato é simular o mundo natural...




Um espectáculo, não é?




O orfanato foi criado em 1975 pelo Departamento de Conservação da Vida Selvagem numa plantação de coco de 10 ha perto do rio Oya Maha. Os elefantes são levados para o rio duas vezes ao dia para um banho...

Eu sei que desde que viram as fotografias com os tigres que acham que eu sou meia maluca mas antes de me chamarem nomes, saibam que os tratadores estavam por ali... eu até diria não tentem isto em casa eheh mas acreditem que não havia perigo, aliás com animais há sempre perigo, mas não havia aqueeele perigo que haveria se tivesse encontrado uma manada de elefantes selvagens no meio do mato...




Na encosta existe um restaurante de onde se podem ver os elefantes dá-nos um pouco a percepção do que é  ver elefantes no seu habitat natural mas em circunstâncias controladas... Digam lá se não vale a pena vir aqui?




Os elefantes após o banho diário seguem pelas ruas da vila para o orfanato... e passam mesmo ali ao nosso lado...



Apesar da maioria dos elefantes serem saudáveis, um ficou cego, e um deles, chamado Sama, perdeu a perna dianteira direita devido a uma mina terrestre... coisas da guerra... infelizmente os elefantes são sempre vítimas silenciosas, já em Moçambique no parque da Gorongosa, lembro-me de terem comentado que havia imensos elefantes marcados, mesmo que só psicologicamente, pela guerra. Há quem use a expressão "memória de elefante" na verdade os elefantes demoram a esquecer o sofrimento por que passaram...

A cada elefante são dados cerca de 76 kg de folhas verdes por dia e cerca de 2 kg de uma mistura que contém farelo de arroz e milho.



Desde 1984 já nasceram no orfanato mais de 23 elefantes e o orfanato possui a maior manada de elefantes em cativeiro no mundo.



Todos os bebés com menos de três anos de idade ainda são alimentados com biberões pelos mahouts (condutores de elefantes) e voluntárias... ehehhe Haja biberões eles bebem um em 5 segundos ehehe

Em baixo um dos tratadores que me deixou tirar fotografias junto aos elefantes no rio... um miúdo queridíssimo.




Entretanto enquanto eu andava para cá e para lá entre fotografias e biberões, os Ruis conversavam animadamente, na certa a comentarem que eu era uma chata! ahaha Eu acho que eles se estavam a armar em bons, mas também gostaram! ehehe

9. LUCKGROVE HERB GARDEN (Matale)


Mais uma vez estou a trocar a ordem às coisas... na verdade primeiro fomos ao herb garden e só depois ao orfanato mas como o outro é mais um "must go" que este acho que fico perdoada pela troca...

Aqui vimos algumas ervas aromáticas que eu não conhecia em planta... Foi o caso da planta da baunilha que  é um aroma derivado das orquídeas do género Vanilla, nativas do México. O nome deriva da palavra espanhola "vainilla" que significa pequena vagem. Originalmente era cultivada pelos povos pré-colombianos da América Central e acredita-se que o conquistador espanhol Hernán Cortés foi responsável pela introdução simultânea de baunilha e chocolate na Europa em 1520. A Baunilha é a 2ª especiaria mais cara do mundo depois do açafrão devido ao trabalho necessário para o crescimento das vagens. É que fora do ambiente natal, onde não exista um tipo específico de abelha, não são polonizadas a não ser por meios humanos ou mecânicos. Apesar do custo, é altamente valorizada por seu cheiro e sabor.... Vê-se a planta fotografia superior direita e na inferior esquerda...




Também vimos vários Aloe Vera, do latim vera, "verdadeira" tem um aspecto de um cacto de cor verde, mas este pertence à família dos lírios. É uma planta utilizada para diversos fins medicinais há muitos anos. Já conhecia e é comum em Portugal, agora o que eu não sabia e que aqui mostraram foi como se pode usar a seiva como creme, bastando para isso partir uma das folhas... Geralmente o Aloe Vera é utilizado para problemas relacionados com a pele. É um poderoso regenerador e antioxidante natural, são-lhe reconhecidas propriedades antibacteriana, cicatrizante. A babosa (a tal seiva) tem poder de reter água para se manter o tempo todo bem hidratada, mesmo sob o calor produzido pelo sol escaldante do deserto e aplicada sobre uma queimadura ajuda rapidamente a retirar a dor, pelo seu efeito re-hidratante e calmante. Encontraram-se relatos do uso desta planta entre civilizações antigas como os egípcios, gregos, chineses, macedônios, japoneses e mesmo citações na Bíblia deixam claro que era comum o uso desta planta na antiguidade. Claro que mal cheguei a Portugal plantei um no jardim... eheheh



Na fotografia podemos ver os frutos da planta do café, o cafeeiro, que quando amadurecem ficam encarnados. O café é feito a partir destes grãos torrados.

Aqui podem comprar-se alguns produtos naturais produzidos no local, mas não fiquei muito convencida confesso ehehe... E temos direito a uma massagem facial com produtos também da casa... esta já me convenceu eheheh




O nosso passeio terminou por aqui, após estas duas últimas visitas ficámos apenas mais uma noite no país, aproveitámos o último jantar em conjunto (o Rui R. ia voltar para a China) para as despedidas, chif chif, eu detesto despedidas! Rui Rapazote, espero que te tenhas divertido a tua óptima companhia soube-nos a pouco!

Mas antes de me ir embora aproveito para falar de mais 3 pontos... dois sítios que acho poderem ser de visitar e um sobre comidas...

10. ANURADHAPURA


Anuradhapura era uma das antigas capitais do reino de Lanka e é famosa pelas bem preservadas ruínas. Foi declarada património Mundial da UNESCO em 2006. A cidade antiga é considerada sagrada para o mundo budista, em parte devido a ser onde cresce uma das árvores Bodhi sagradas. Podem ver no post da Índia, em Bodgaya a hstória desta árvore.



11.POLONNARUWA

A antiga cidade de Polonnaruwa continua a ser um dos mais famosos locais arqueológicos do país e dá testemunho da disciplina e grandeza dos primeiros governantes do reino. Esta antiga cidade também foi declarada Património Mundial pela UNESCO.




12. COMIDAS DO SRI LANKA...

O Sri Lanka tem alguns pratos típicos com algumas influências indianas. São por ordem das fotografias coluna esquerda e depois coluna da direita): o pittu (mistura de farelo de arroz doce, levemente torrado e misturado com coco fresco ralado, em seguida, cozinhado num molde de bambu; os appa ou hoppers, uma a massa cozida rapidamente numa panela quente curva, acompanhada de ovos, leite ou salgados; o wattalapam, um pudim rico de origem malaia feito de leite de coco, açúcar mascavo, castanha de caju, ovos e temperos diversos, incluindo cravo canela e noz-moscada; o kiribath um arroz doce sem açucar, cozido em leite de coco grosso, que é acompanhado por um pimentão chamado "lunumiris"; o kottu é um prato feito de um tipo de pão do Sri Lanka chamado godamba roti, com legumes, ovos ou carne, e diversas especiarias. É originário de Trincomalee e o nome em tamil significa "roti picada". É feito numa chapa de ferro aquecida, usada especificamente para o efeito, o preparado é picado e misturado com duas lâminas de metal fechado. Este choque de metal contra metal cria um som muito característico, e a batida do kottu pode ser ouvida em qualquer restaurante de estrada do país.




As influências do médio oriente, holandesas e portuguesas encontram-se em pratos, como o Lamprais, um prato popular holandês em que o arroz é cozido num caldo de carne, em seguida, adicionado a vegetais e carne e assado em forno baixo depois de ser envolvido numa folha de bananeira. Cozer o arroz numa folha de bananeira dá lhe um sabor único. Por acaso experimentei isto na China em Pequim e adorei! Outros petiscos de influência europeia são o Breudher (Bolo de Natal holândes) e o Bolo Fiado (bolo de camadas supostamente de origem portuguesa).


E com as barrigas mais compostas deixo-vos para seguir para a Índia com o Rui B. O nosso destino é Chennai depois de Goa. Mas já contei essa viagem no post da Índia...

Mas antes disso deixo um grande beijinho aos Ruis com quem adorei viajar e dos quais já tenho saudades!, São os dois pessoas muito interessantes e a companhia deles é sempre um prazer!

E para já o blog da Ásia fica por aqui... contudo poderão ver em breve as fotografias da viagem a Cuba... através do blog Viagens Soltas...

6 comments:

Nishan said...

Parabéns pelo post. Apesar dos meus pais serem de lá e de já ter visitado o país por 3x , eu nunca havia lido algo tão detalhado como o que você escreveu.

Anonymous said...

obrigado pelo post e vou fazer uma viagem como essa algum dia

Pedro Gonçalves said...

Boa noite,

Gostei imenso do que li até agora deste post (ainda não consegui ler tudo :-)Acabo amanhã.). Tenho andado a pesquisar sobre o país e estou realmente a pensar em ir lá em 2014. Tenho viajado pela Europa, quase sempre sozinho e agora gostava de ir conhecer outras culturas e tem-me fascinado esse país.

Dos países que visitou na Ásia, qual deles é que tinha mais cascatas? Pergunto, pois tenho uma enorme paixão por cascatas e normalmente procuro sempre (desde que estive na Islândia) encontrá-las nos países que visito.

Worldphototravel said...

Olá Patrícia

Visitei o Sri Lanka em 2010 e apesar de me documentar minimamente antes das visitas, ao ler o teu blogue aprendi mais umas coisas interessantes.
Devorei de um fôlego tudo, até o casamento Hindu e sobre Zoroastra que já conhecia mas gostei de reavivar. Já agora, como primeira manifestação de monoteísmo julgo ser no Egipto de Aquenaton (Amenófis ou Amenothep IV) ao adorar Amon Ra cerca de 1350 AC, já que julgo Zoroastra viveu cerca de 600 AC, ou seja, 750 depois. Mas numa forma tão parecida como a católica, obviamente Zoroastra foi o percursor.
Pormenores, que a tua leitura me espevitou. Mas o que sei eu, não sou entendido, apenas adoro história(s) e viagens.
Passaram por zonas que lamentei não ter tempo de visitar mas que conto lá voltar.
Já agora, hoje também li sobre o Bali e estou a pensar lá ir para o ano; mas farei Java, Bali e eventualmente 1 ilha perto para snorkling.
Quanto à paisagem dos terraços de arroz que disseste adoras, vê as minhas fotos da China no meu blogue na parte que diz "Yuanyang". (worlphototravel)
Tenho a certeza que vais querer lá ir.
Só para te provocar um pouco, digo que passaste lá ao lado e falhaste. Depois de veres as fotos ou se pesquisares na net, vais chorar de raiva.
É complicado lá chegar, mas para ti são "pinas", como diz o Jesus.
Carlos

Unknown said...

Olá!

No final do mês parto com umas amigas para o Sri Lanka. Fiquei fascinada com a descrição, as fotos... tudo! Por acaso, não tem contactos de guias ou de algumas guest house onde dormiram? Vamos de mochila às costas e única coisa que temos reservado são as duas primeiras noites, entretanto temos uma ideia do que fazer, mas num espírito de "sem compromisso".

Ana Amélia said...

Olá, seu blog esta de parabens!
Estou pensando em fazer essa viagem agora em 2016 - vc teria uma agência no Sri Lanka onde eu pudesse contratar um guia e programar um roteiro?
Abs
Ana Amelia